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Política

Félix Jr encaminha aliança do PDT com ACM Neto e rebate Jaques Wagner: “nunca me procurou”

O deputado federal e presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr, afirmou que não vê possibilidade de sucesso nas tratativas nacionais do senador Jaques Wagner (PT) no sentido de reverter o apoio da direção do PDT baiano a ACM Neto, pré-candidato do DEM/União Brasil ao governo do estado.

Mais cedo Wagner disse que faz um movimento nessa direção porque a executiva estadual “não quer conversa com o PT”, versão que é contestada por Félix Jr.

“Achei ele meio nervoso, fora do normal dele próprio. Achei estranho porque ele nunca me procurou. Acho normal, não recrimino ele, não vejo nenhum problema […] nunca recebi nenhuma solicitação de conversa com Jaques Wagner, vindo dele. Mesmo estando em lados opostos, sei que a gente quer o melhor para a Bahia. Não vou tratar ele como inimigo, pode ser adversário…”, disse o pedetista ao BNews nesta quinta-feira (27).

Félix apontou ainda uma “falha de memória” do senador, ao corrigir que, diferente do que ele colocou mais cedo à imprensa, o PDT não participou da coligação para deputados federais com o PT em 2018. “Saímos sozinhos pra federal. Tivemos 45 mil votos de legenda, mais votos que a maioria dos partidos que não tinham candidato a governador.

Segundo ele, “esse nervosismo e falta de memória” do cacique petista decorrem da proximidade de definições da chapa majoritária. “O normal dele é ser uma pessoa educada e polida e disposto ao diálogo”, provocou.

Félix Jr disse ainda que não fará nenhuma intervenção com seus pares nacionais para vetar as tratativas de Wagner porque partiu deles a iniciativa de abrirem relação com ACM Neto, num movimento “sincronizado” com a executiva estadual.

“O partido é livre. Aqui a estadual é muito sincronizada com a nacional. Não fazemos carreira solo. As conversas com Neto começaram com Lupi e Ciro…

Indiretamente, o mandatário pedetista na Bahia deixa escapar que a falta de apoio do PT a Ciro Gomes em 2018, mesmo diante da inviabilidade da candidatura de Lula, fechou as portas para novos acordos. Naquela ocasião os petistas apostaram no nome de Fernando Haddad aos 45 do segundo tempo.

“O PT preferiu eleger Bolsonaro para ser seu principal antagonista, sem se preocupar com as consequências. O PT é responsável diretamente pela eleição de Bolsonaro”.

PDT na chapa de ACM Neto

Entre as condições colocadas na aproximação com ACM Neto, o comando nacional do PDT reivindicou presença na chapa majoritária, a fim de assegurar palanque ao presidenciável Ciro Gomes.

“A gente quer o palanque, mesmo aberto. Não teríamos palanque com o PT. Participar da chapa é para fortalecer o palanque de Ciro, é uma condição de Lupi, mas o nome ainda não foi escolhido. Me sinto muito honrado do meu nome ser mencionado”, pontuou Félix.

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