Brasil
Diretórios do PT começam a dar sinais de insatisfação com o governo Lula; saiba motivo
Alguns diretórios estaduais do PT, localizados nas regiões sudoeste e sul do país, começaram a dar os primeiros sinais de insatisfação com o governo Lula (PT), que ainda sequer completou um mês de maneira oficial.
A “bronca” dos grupos localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, de acordo com o jornal O Globo, se deu após as escolhas para o primeiro e segundo escalões dos ministérios da gestão petista.
Nestes estados, líderanças da legenda disputam espaços visando ainda a preferência em cargos na Mesa Diretora da Câmara e em candidaturas às eleições municipais de 2024.
Em Minas Gerais, dirigentes ligados ao deputado petista Reginaldo Lopes externaram insatisfação com a divisão dos ministérios, contrapondo a ausência de mineiros no primeiro escalão com a presença de três paulistas: Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).
A última vaga havia sido encaminhada a Lopes, que acabou rifado sob o argumento de que era necessário contemplar correntes minoritárias do PT.
Lopes, por sua vez, que foi aliado próximo do ex-governador petista Fernando Pimentel, de quem se afastou, tem resistências também entre os “petistas históricos” de Minas, que ganharam espaço no segundo escalão, como o deputado estadual André Quintão, nomeado secretário de Assistência Social, e o ex-deputado Nilmário Miranda, assessor especial na pasta dos Direitos Humanos.
No Rio de Janeiro, as movimentações ocorrem de olho também em 2024. O deputado eleito Lindbergh Farias (RJ), próximo a correntes minoritárias do partido, se articula para concorrer à prefeitura de Nova Iguaçu, município na Baixada Fluminense que governou de 2005 a 2010.
Na Câmara, correntes minoritárias do PT buscam vaga na Mesa Diretora. A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que tem boa relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cuja reeleição deve ser apoiada pelo PT, é a mais cotada para ser endossada pelo partido à Mesa. Seu correligionário Dionilso Marcon (RS), ligado a outra tendência, e Carlos Zarattini (SP) correm por fora.
Problemas no Maranhão
No estado da região Nordeste, a escolha de Lula pelo deputado Juscelino Filho (União-MA) no Ministério das Comunicações, para contemplar o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e fazer um aceno a Lira, seu aliado, incomodou a cúpula do União Brasil e ampliou um racha no Maranhão.
Também conforme o jornal O Globo, Juscelino disputa o comando do diretório local do partido com o também deputado Pedro Lucas Fernandes, que é próximo ao presidente do União Brasil, Luciano Bivar.
A opção pode gerar outros efeitos colaterais. Pedro Lucas não compareceu à declaração de apoio da bancada do Maranhão à reeleição de Lira, que posou ao lado de Juscelino.
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