Política
Wagner será o candidato do PT no lugar de lula em 2018
O cientista político Alberto Carlos Almeida, em artigo publicado no portal Poder 360 mostra que o ex-governador Jaques Wagner é o candidato do PT a presidente do em 2018. Segundo ele há várias razões para se trabalhar com este cenário. Duas merecem destaque: a provável inviabilização da candidatura de Lula e o igualmente provável aprendizado de Lula em relação à escolha de Dilma.
Alberto Carlos lembra que Sérgio Moro foi célere no envio da condenação de Lula à 2ª instância da Justiça. Os prazos, ao que parece, conspiram contra o ex-presidente, mas não apenas eles. O presidente do tribunal que julgará Lula, o desembargador de nome aristocrático, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, praticamente já condenou o ex-presidente ao afirmar que a sentença de Moro é irretocável, e ao dizer que com certeza o tribunal por ele presidido irá proferir a decisão antes da oficialização das candidaturas. Trata-se de sinais fortes de que Lula será condenado em função da lei da ficha limpa, não podendo, assim, ser candidato em 2018.
Sobre Dilma é mais incisivo: “Igualmente elevada é a probabilidade de que Lula tenha aprendido uma lição importante na escolha dela como sua sucessora: a de que o Brasil não é governado adequadamente quando conduzido por pessoas com pouca ou nenhuma experiência política. A gestão de Dilma foi muito ruim para Lula e o PT. Ambos se encontram na atual situação porque ela tomou decisões erradas na política e na economia”.
Acima de tudo, ela não foi capaz, porque não foi treinada para isso, de agregar, de ouvir as diferentes forças políticas e seguir pelo caminho de menor resistência. Errar uma vez é humano, errar duas é burrice e isto está muito longe de ser uma característica de Lula. Assim, é bem possível que o candidato preferido por ele seja alguém com sólida experiência política, alguém diametralmente oposto ao que representa Dilma. É aí que entra Jaques Wagner.
E analisando o perfil de Wagner, o cientista político salienta que ele, sendo filho de imigrantes judeus poloneses, carioca de Cascadura, ex-aluno do Colégio Militar, ex-futuro engenheiro, ex-sindicalista, fundador do PT, deputado federal por 3 mandatos, candidato derrotado uma vez para prefeito e outra para governador, ex-ministro, o que se destaca na carreira de Wagner foi o fato de ter sido eleito e reeleito governador da Bahia e de, em seguida, ter feito o seu sucessor.
O desempenho dos candidatos a presidente pelo PT na Bahia é digno de nota. Em 2006 Lula teve 67% de votos válidos no 1º turno e 78% no 2º. Em 2010 Dilma teve 47% no 1º e 71% no 2º turno e em 2014 foram 61% e 70% respectivamente. Pode-se afirmar que São Paulo está para o PSDB assim como a Bahia está para o PT: são bases eleitorais seguras.
Ter assegurada a sua base eleitoral permite que se vá além dela, primeiro para o Nordeste e depois para o restante do país. Ir para o Nordeste é relativamente fácil, uma vez que se trata do pilar eleitoral presidencial do PT. Basta que sejam vistos os mapas eleitorais de 2006, 2010 e 2014 para se entender esta afirmação. A questão é ir para o Sul e o Sudeste
A sua religião é o judaísmo, minoritária e perseguida, colocando-o acima do conflito nem sempre latente entre católicos e evangélicos. Ele tem a malemolência política de cariocas, baianos e de todo aquele que mergulha no velho sincretismo brasileiro. Que o diga o seu orixá: Oxalá. Como se vê, em tudo ele é o oposto de Dilma.
Cenários básicos podem ser modificados. É óbvio que se Lula puder ser o candidato, tudo escrito aqui cai por terra. Assim, é possível que este e outros acontecimentos venham a mostrar que Wagner não será o candidato do PT. A ver
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