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Política

Quando o Legislativo perde a compostura, quem perde é o povo

A cena protagonizada pelos vereadores Tandick Resende e Vinícius Alcântara, vereadores da renovação, tudo isso ocorreu durante a última sessão da Câmara Municipal de Ilhéus, esse episódio é envergonhou a cidade e colocou novamente sob os holofotes a fragilidade do ambiente político local. Um confronto verbal que por pouco não descambou para a violência física, exigindo a intervenção da Guarda Civil Municipal e a suspensão da sessão.Como cidadão contribuinte que sou essa situação de fato me fez refletir.
É preciso analisar: estamos diante de mais um episódio isolado de descontrole emocional ou de uma preocupante falência de liderança política dentro das estruturas partidárias? Ambos os parlamentares são filiados ao União Brasil, partido que também comanda o município — uma base que deveria transmitir segurança , unidade, seriedade e responsabilidade diante do povo que os elegeu. Vem mostrando o contrário. Lamentável !

Tem vereadores, aliás, que já é figura recorrente em momentos de tensão no plenário. Acumulam-se os embates com colegas, quase sempre regados a ataques pessoais, provocações e desrespeito ao decoro parlamentar. Já não é possível tratar isso como mero “excesso de linguagem” ou “calor do debate político”. Há um padrão que precisa ser interrompido.

Enquanto o povo espera discussões sobre saúde, transporte, geração de emprego e infraestrutura, que diga se de passagem é nítido que tem setores que até aqui não caminhou e não chegou na ponta para atender o cidadão o que se vê são ofensas, ameaças veladas e uma disputa de egos que só enfraquece a imagem do Legislativo algo que não deveria acontecer. A paciência da população está no limite. O povo quer — e tem direito — a uma Câmara que legisle com dignidade, não um palco para vaidades inflamadas.

A atuação do presidente César Porto, ao intervir com firmeza para conter o conflito e restabelecer a ordem, foi necessária e correta. Mas cabe agora ao PARTIDO e não apenas à Mesa Diretora, dar respostas. Quando parlamentares de uma mesma legenda, teoricamente aliados, chegam a esse nível de hostilidade pública, a pergunta inevitável é: onde está a condução política dessa bancada?

E mais: até onde vai a tolerância com comportamentos que desmoralizam não apenas quem os pratica, mas toda a instituição? O mandato pertence ao partido e não ao indivíduo. Se o partido se omite, assume também parte da responsabilidade por cada crise que explode no plenário.

O que aconteceu nesta semana não pode cair no esquecimento, como tantas outras confusões já protagonizadas dentro daquela Casa. Não é um vereador que está em xeque — é a imagem da Câmara como um todo. E, por consequência, a confiança da população no processo democrático.
Ilhéus merece mais. E precisa cobrar mais. A política não é ringue. É serviço público.

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