Segurança
Prefeitura: Ex-prefeito, presidente da Câmara e vereadores são presos por fraude em locação de veículos
Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (21), a operação “Carro Fantasma”, que prendeu o ex-prefeito do município de Remanso – norte da Bahia -, Celso Silva e Souza.
Também foram presos o irmão e ex-secretário de Administração e Finanças, Arismar Silva e Souza, seis vereadores, incluindo o presidente da Câmara de Vereadores, Cândido Francelino de Almeida; além de ex-vereadores, servidores públicos e um empresário.
Os nomes dos vereadores e dos ex-vereadores não foram divulgados pelo MP-BA. O G1 não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos.
De acordo com os promotores de Justiça, os presos estão envolvidos em uma organização criminosa instalada na prefeitura de Remanso durante os anos de 2013 e 2016. Eles são suspeitos de operacionalizar um esquema de corrupção generalizada, através de fraude em processos licitatórios para locação de veículos para as secretarias da prefeitura.
A operação aponta que os integrantes do grupo desviaram cerca de R$ 13 milhões por intermédio da empresa JMC Construtora, Comércio e Serviços Ltda, que tem como sócio-administrador o empresário José Mário da Conceição, o “Mazinho”, também alvo de prisão preventiva.
Durante a operação, foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão.
Além disso, segundo os promotores de Justiça, o dinheiro público foi utilizado para custear gastos particulares, dívidas de campanha e compra de apoio político.
Ainda conforme o MP-BA, eles registram ainda que muitos dos veículos sublocados pela JMC estavam em nome de “laranjas” e beneficiavam vereadores e outros políticos. Também foram apreendidos documentos, celulares, computadores e veículos de luxo.
A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Investigação (CSI), Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais (Caocrim), Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção à Moralidade Administrativa (Caopam) e da Promotoria de Justiça Regional de Juazeiro.
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