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Ilhéus é a capital brasileira do debate sobre educação inclusiva e de qualidade
No hall de entrada do Centro de Convenções, uma lousa improvisada revela uma preocupante realidade: no Brasil há 2 milhões e 800 mil crianças fora da sala de aula. Na área destinada aos estandes, uma sala de aula vazia, montada pelo Unicef, simboliza a preocupação dos profissionais de educação ao abandono escolar de milhares de crianças, um drama vivenciado em todas as regiões do País. Pelos próximos três dias, Ilhéus será a capital brasileira da educação. Conselheiros Municipais de Educação das 26 unidades da federação estarão reunidos no Centro de Convenções debatendo os caminhos de educação igualitária, democrática e participativa em um momento político delicado da Nação.
Ao abrir oficialmente o evento, o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre Sousa, disse que Ilhéus recebe todos os participantes de braços abertos e destacou o papel de protagonista que os profissionais da educação exercem na sociedade em busca de uma educação igualitária e socialmente justa. “Por isso sempre defendo que esta relação de governo e dos conselhos municipais deva ser marcada pela parceria, pela união de boas ideias e pela transparência em cada ato”, afirmou.
Iniciativas – Durante o evento, será abordada a iniciativa global “100 Milhões por 100 Milhões contra o trabalho infantil”. O objetivo da ação é mobilizar 100 milhões de pessoas, estimulando especialmente os jovens, para lutar pelos direitos de 100 milhões de crianças que vivem na extrema pobreza, sem acesso à saúde, educação e alimentação, em situação de trabalho infantil e completa insegurança. No Brasil, a campanha é coordenada no Brasil pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, com parceria temática do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).
Ao saudar os presentes, a presidente da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), Gilvânia Nascimento, destacou o apoio recebido da Prefeitura de Ilhéus para a realização deste Fórum Nacional. “Foram apenas dois meses de preparativos, um prazo recorde para realizar um evento desta magnitude. O prefeito Mário Alexandre não disse ´sim´ apenas à UNCME, disse ´sim´ ao Brasil, à educação brasileira”, destacou. O 27º Encontro Nacional da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação reúne em Ilhéus 1.500 conselheiros que debaterão até quarta-feira (29) sobre o Sistema Nacional de Educação (SNE), a gestão democrática da Educação e o papel dos Conselhos Municipais de Educação.
Em seu pronunciamento, a secretária de municipal de Educação, Eliane Oliveira, ressaltou a importância do fórum, como um espaço de participação da sociedade para a formulação e acompanhamento da política educacional em cada território. “Um instrumento de articulação das políticas de educação do estado e município, servindo de interlocução através de metas e diretrizes, concepção, implementação e avaliação da política municipal educacional”, disse. Vice-presidente do Conselho Municipal de Educação de Ilhéus, a conselheira Fabiana Santana – que também compôs a mesa – destacou a permanente busca pela dignidade na luta por igualdade de direitos na educação brasileira.
“A realização deste evento tem uma relevância para o município de Ilhéus e para o estado da Bahia, pois o evento de abrangência nacional colocará em pauta temas fundamentais para a garantia do direito à educação e os desafios do presente e do futuro”, afirma a presidente da UNCME, Gilvânia Nascimento. Ela destaca ainda que o encontro dará ênfase ao papel do controle social no acompanhamento das políticas educacionais, cujos temas serão tratados em palestras e mesas de debates.
Prêmio Vilmar Rosa – A presidente também disse que, este ano, haverá um momento especial durante a programação. “A cerimônia do Prêmio Nacional Vilmar Rosa de Mendonça, agraciará as melhores experiências de Conselhos do Brasil, por entender a importância de premiar a quem realmente faz a diferença. O Vilmar Rosa, durante vida, dedicou-se ao desenvolvimento do setor em parceria com gestores municipais e administração pública, além de buscar junto a entidades avanços para a educação”, explica.
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