Esportes
De chuteiras a cartola: Ex-jogadores fazem sucesso como dirigentes em clubes do interior
Na Bahia, existem alguns exemplos. O último deles, a chegada de Petkovic ao Vitória. O sérvio desembarcou na Toca do Leão para cumprir a função de gerente de futebol, pouco tempo depois acumulou a função de técnico, até chegar ao cargo de diretor de futebol. Foi demitido pouco tempo depois. E os times do interior do estado também têm adotado essa filosofia.
A Juazeirense, líder isolada do Campeonato Baiano contratou para coordenador de futebol Rodrigo Gois, campeão Baiano pelo Colo-Colo em 2006 e que jogou no Cancão durante quatro anos. O ex-zagueiro, quando jogador da Juazeirense, conciliava o futebol com os estudos. “Fiz o curso de Logística e Gestão de pessoas. Foi uma luta, mas valeu a pena”, explicou. Rodrigo alerta aos companheiros da antiga profissão que é importante, mesmo em atividade, procurar nas horas vagas uma qualificação. “Buscar se qualificar mais, novos conhecimentos. O campo futebolístico é muito grande e os times necessitam de bons gestores para a parte administrativa. Estou colhendo os frutos. É importante que o clube esteja fazendo uma campanha brilhante, até então, pois acaba sobressaindo o trabalho do bastidor”, destacou.
Entretanto, Rodrigo nega ser o responsável direto pela boa fase do clube e pondera que apenas auxilia o grupo. “Esse relacionamento de comissão técnica, de estar acompanhando o clube todos os dias nos treinamentos, nas viagens, cria um elo de comunicação importantíssimo. Porque a gente acaba falando a mesma linguagem por ter vivido tudo isso dentro de campo, e passa a entender a real necessidade do atleta, então isso contribui”.
Curiosamente, o companheiro de zaga de Rodrigo no título Baiano em 2006, Osmar Santos, também virou dirigente de um clube do estado. O ex-zagueiro é supervisor do Bahia de Feira. O clube de Feira de Santana briga por uma das quatro vagas que dão acesso à fase final do Baianão. Osmar comenta na época em que atuava dentro de campo, sentiu muita falta de ter um ex-jogador como dirigente. “Acho que não só na supervisão, mas em todos os cargos ligados ao futebol. Seria muito mais proveitoso se tivéssemos ex-jogadores exercendo essas funções”, enfatizou.
Porém, Osmar explica que os atletas não podem misturar as coisas. “Nós podemos trazer para o lado de cá toda a vivência dentro de campo, facilitando o bom relacionamento com os jogadores, pois sabemos muito bem tudo que realmente é necessário para que o atleta possa desempenhar bem suas atividades, mas temos que ter cuidado em não deixar os atletas confundirem as coisas”, salientou.
*Bahia Noticias
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