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Jornalista que apresentou programa eleitoral do PT é chamada de ‘lixo’ na web

A jornalista baiana Rita Batista, apresentadora do programa eleitoral do candidato à presidência da República Fernando Haddad (PT), no segundo turno das eleições, denunciou ter sido alvo de ataques nas redes sociais. Logo após o resultado das eleições, Rita usou seu perfil no Instagram para divulgar prints das ofensas que recebeu e levou o caso à Polícia Civil e ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).

O MP-BA informou que investiga o caso e que a promotora Lívia Sant’Ana Vaz está à frente das apurações. Uma funcionária que trabalha com a promotora informou que, inicialmente, ela não poderá dar detalhes do caso, apenas confirmou que foi instaurado um inquérito.

“De uma maneira geral, desde quando eu comecei a me posicionar sobre o projeto político que achei mais adequado e sobre o candidato que eu escolhi, eu comecei a ser alvo dos ataques, bem antes de começar a trabalhar profissionalmente na campanha, no segundo turno. Muitas pessoas que me agrediram citam o presidente eleito, então posso dizer que, de fato, são eleitores do presidente eleito”, destacou a jornalista, em contato com o G1 na terça-feira (30).

Em uma das mensagens, um internauta postou: “Essa raça vai ser expulsa do Brasil hoje, bando de vagabundos. Malditos”. Em outro comentário, outro internauta escreveu: “Lixo maldita safada”.

A apresentadora disse que optou por divulgar as ofensas que vinha recebendo desde agosto, quando começou a se posicionar politicamente, somente após o resultado das urnas por uma questão de imparcialidade.

“Não quis postar antes para não dizerem que estou me fazendo de coitada ou que estaria querendo me aproveitar disso para influenciar as pessoas. Não postei antes para não ter nenhuma coloração positiva ou negativa, até por conta da propaganda. Fui acumulando e não coloquei em nenhum momento”, conta.

Rita destacou que formou um grupo para reunir todas as mensagens agressivas que receceu para poder formular a denúncia aos órgãos de fiscalização.

“Tenho uma equipe que me ajuda nisso. As mensagens são inúmeras e só postei, digamos, as menos ofensivas, as menos negativas que encontrei. O MP está comigo nisso e apura o caso por meio do Grupo de Repressao a Crimes Virtuais. Estou de ‘boaça’, de cabeça erguida. Mantenho as minhas redes abertas. Até poderia ter fechado no período da campanha, mas optei por deixá-las abertas. Isso não me abala”, disse.

 

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