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Bahia é campeã no Brasil na infecção por HTLV, vírus da família do HIV

A casa no Nordeste de Amaralina, em Salvador, precisou ser adaptada para atender Adijeane. As escadas foram ser cercadas por corrimão, um amparo à psicóloga, com dificuldades de locomoção. As primeiras precauções surgiram em 2010, quando um hóspede desacordado por 26 anos resolveu despertar.

Era a primeira vez que o HTLV, retrovírus similar ao HIV que pode causar problemas como doenças neurológicas, revelava seus sintomas em um dos seis integrantes da família, todos portadores. Na Bahia, em média 60 mil famílias convivem com o vírus. O estado, com 1,8 mil diagnósticos entre 2012 e 2017 – o equivalente a cinco casos por semana – apresenta a maior incidência do país.

A segunda filha de Admilton e Maria Sônia descobriu ser portadora do vírus, ainda pouco conhecido pela população, aos 12 anos. O ciclo teve início com o pai, cujo diagnóstico foi confirmado dias depois da desconfiança médica durante uma tentativa de doação de sangue. Não demorou para os três irmãos de Adijeane e a mãe também serem diagnosticados. O vírus, afinal, é transmissível por via sexual e também pela chamada via vertical, da mãe para o bebê durante a amamentação. Na época, muito nova e sem informações, pouco entendiam do que significa ter HTLV.

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