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Saúde

Congelamento de óvulos é indicado para preservar a fertilidade de mulheres que vão iniciar tratamento do câncer de mama

A técnica é indicada para preservar a capacidade de ter filhos,

uma vez que o tratamento para câncer de mama, e de outros tipos de tumor, pode causar infertilidade temporária ou irreversível.

Se diagnosticado e tratado em seu estágio inicial, ou seja quando o tumor tem menos de um centímetro, o câncer de mama tem mais de 90% de chance de cura. O problema é que algumas drogas usadas nos tratamentos quimioterápicos podem causar falência ovariana e desencadear menopausa precoce e levar a mulher à infertilidade. “É preciso conscientizar os médicos para a importância de orientar suas pacientes sobre a possibilidade de congelar seus óvulos antes de iniciar um tratamento de câncer, especialmente as mais jovens ou aquelas que ainda não tiveram filhos, mas ainda pretendem ter. Com os avanços da medicina, a paciente após superar a doença quer retomar sua vida, trabalhar, constituir família, ter filhos”, afirma o ginecologista Joaquim Lopes, especialista em Reprodução Humana e diretor do CENAFERT – Centro de Medicina Reprodutiva. 

O especialista esclarece: “O tratamento nem sempre vai afetar a fertilidade da mulher, nem toda mulher que se submete a um tratamento oncológico vai sofrer de infertilidade, há vários fatores, como o tipo de tumor, as drogas utilizadas e a idade da mulher que podem influenciar no surgimento de uma infertilidade temporária ou irreversível”.   

Cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama devem ser registrados apenas em 2019, segundo estimativa do INCA. Apesar de ser o tipo de tumor mais incidente entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma, a doença não deve ser encarada como uma sentença de morte.

Para preservar a fertilidade feminina, a vitrificação, considerada eficaz e segura, é uma das técnicas de criopreservação de óvulos que apresenta os melhores resultados. O método permite o ultrarresfriamento dos óvulos em baixíssima temperatura (-196ºC) e de forma muito rápida, preservando a sua qualidade no ato do descongelamento ou desvitrificação para fertilização em seguida. Considerado um método mais avançado de criopreservação, a vitrificação proporciona taxas de gestação altas, uma vez que o procedimento conserva as características, a idade e a qualidade dos gametas femininos. Durante o processo de congelamento, os óvulos são desidratados e tratados com substâncias crioprotetoras antes de serem congelados.

A técnica de criopreservação de óvulos é altamente recomendada para preservar a fertilidade de mulheres diagnosticadas com determinados tipos de câncer, que precisem passar por tratamentos de quimioterapia e radioterapia. Esses tratamentos podem comprometer a função hormonal e até causar uma infertilidade temporária ou irreversível por diminuição importante da quantidade de óvulos. 

Segundo o médico Joaquim Lopes, a técnica para preservar a fertilidade é indicada não apenas para mulheres antes de iniciarem um tratamento oncológico. “A mulher que pretende adiar a maternidade pelos mais diversos motivos, pessoais ou profissionais, tem a possibilidade de congelar seus óvulos para engravidar no momento adequado”, afirma. Porém, ressalta o especialista, a recomendação é que os óvulos sejam congelados até os 35 anos de idade.  

 Sobre o Cenafert

Com sede no bairro de Ondina, em Salvador, o Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, inaugurado há 16 anos, é uma clínica especializada em reprodução assistida e tem como missão garantir uma atenção integral e humanizada ao casal que sonha em ter um filho. Ao longo de sua atuação, a clínica já contabiliza mais de 1.000 bebês nascidos através das diversas técnicas de reprodução assistida. O laboratório de reprodução assistida do Cenafert oferece tecnologia de ponta para a realização dos procedimentos com eficácia e segurança. O casal infértil conta com o suporte de uma equipe médica multidisciplinar, experiente e qualificada, e com serviços que vão desde o atendimento de casos mais simples –  solucionados com tratamento de menor complexidade – até aqueles que exigem o emprego de técnicas avançadas no campo da reprodução assistida.

A clínica é dirigida pelo médico Joaquim Lopes, ginecologista e especialista em Reprodução Humana. Ele também é membro da Academia Americana de Medicina Reprodutiva, membro da Sociedade Europeia de Reprodução e Embriologia e consultor de infertilidade conjugal da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH). 

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