Educação
Estudantes da rede estadual se tornam multiplicadores no combate ao novo coronavírus


“As escolas já são estimuladas a trabalhar a questão da saúde de forma articulada com o currículo. A questão do novo coronavírus e todo esse cenário epidemiológico mundial é uma oportunidade de trabalhar os aspectos preventivos. Diferentes componentes curriculares são estimulados para fazer com que os alunos pesquisem, se empoderem e adquiram conhecimentos, principalmente, que elevem aspectos preventivos. A gente faz esse convite para que todas as escolas façam essa reflexão junto com sua comunidade e isso extrapole os muros da escola, e possa chegar até as famílias numa ação efetiva de enfrentamento ao vírus”, explicou o coordenador de educação ambiental e saúde da SEC, Fábio Barbosa.
A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (CIEVS-BA) da Sesab, Patrícia França, conduziu a roda de conversa e destacou a importância do esforço de cada um no controle do COVID 19. “Para a sociedade como um todo, o importante é a prevenção e a consciência das ações individuais para evitar que esse vírus se dissemine, uma vez que ele já chegou ao nosso estado. Temos que ter essa consciência mesmo da lavagem das mãos e da etiqueta respiratória”, declarou Patrícia.
A diretora do colégio, Ana Paula Ramos, contou que as orientações sobre o combate ao vírus vêm sendo trabalhadas de forma multidisciplinar, associando os aspectos referentes ao assunto de acordo com a disciplina, e os alunos são estimulados a lavar mais vezes as mãos com água e sabão e a usar álcool gel, disponibilizados em recipientes nos corredores e espaços escolares. “Também incentivamos que os alunos não compartilhem seus objetos, merenda, e copos, e façam uso da garrafinha individual”.
“Aprendi a me prevenir melhor, como lavar as mãos, o uso do álcool gel e a como espirrar do modo certo”, contou a estudante do 9º ano, Noemi Santana, de 13 anos, que participou do bate-papo e está procurando repetir essas ações, tanto na escola, quanto em casa e na rua. “Como na rua não tem lugar para lavar a mão, a gente usa o álcool gel”, completou.
O assunto vem despertando também a criatividade dos alunos. Durante a roda de conversas, o também aluno do 9º ano, Marcos Nitael, 14 anos, aproveitou a oportunidade para apresentar um poema que ele fez sobre o novo coronavírus. “Vamos dizer que eu fiz mais para alertar as pessoas, porque tem gente que fala ‘estava lá na Ásia, não vai afetar o Brasil’, mas pode afetar todo o país. É isso que eu quero dizer com meu poema”, afirmou o adolescente.

Envie seu comentário