Educação
Segurança no retorno das escolas preocupa
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Não é o momento de pôr em risco as crianças, as cuidadoras e educadores, mas, sim, de planejar, passo a passo, junto às instituições, como superar os efeitos no caso de controle da pandemia. Este é o posicionamento do Grupo de Valorização da Educação (GVE), liderado por Wilson Abdon e constituído por mais de 60 estabelecimentos particulares de ensino de Salvador e região metropolitana.
Abdon e os dirigentes de escolas defendem a necessidade de buscar apoio para promover o retorno seguro às atividades, por meio da construção coletiva de um protocolo de retorno com a participação de especialistas diversos, das áreas de pedagogia e de medicina.
O presidente do GVE toma como exemplos, para defender a cautela, o fracasso do retorno apressado em países desenvolvidos, como França, Alemanha, Espanha e Itália, cujo número de infectados e óbitos assustou os gestores e provocou a suspensão das aulas, depois de terem sido retomadas sem a devida segurança.
A preocupação com as pequenas escolas de bairro, algumas delas já fechadas pelos efeitos da pandemia, relaciona-se, segundo Abdon, com a necessidade dos pais, pois não há com quem deixar as crianças, provocando pedidos de demissão por parte dos próprios trabalhadores.
Para o líder das escolas, não há qualquer suporte justificável para movimentos de grupos de proprietários de estabelecimentos pedindo a reabertura, como ocorreu ontem na Avenida Paralela.
O GVE reivindica um maior apoio dos estabelecimentos bancários, por meio de oferta de linhas de crédito, para as escolas maiores, a fim de viabilizar a compra de equipamentos, manutenção dos empregos e investimentos necessários para a adaptação física dos estabelecimentos.
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