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Coronavírus

Negligência e doenças do coração expoem homens a Covid-19

Desde o início da pandemia, os homens são as principais vítimas da COVID-19. Eles prestam menos atenção à saúde, fumam mais, se alimentam pior e, principalmente, costumam demorar mais para procurar um especialista. As informações são confirmadas pela pesquisa Global Health 50/50, com dados de mais de 20 países que confirmam que os homens contraem com mais ocorrência Covid-19 e morrem da doença. Nos países pesquisados, os homens representam cerca de dois terços das mortes. Segundo o médico angiologista e cirurgião vascular, Sérgio Possídio, isso certamente também se deve a condições de saúde pré-existentes. “Os homens sofrem com muito mais frequência de doenças cardiovasculares, das quais eles também morrem com maior incidência do que as mulheres”, avalia Possídio.

Outro fator decisivo é a estrutura etária: de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), da Alemanha, pelo menos duas vezes mais homens do que mulheres morreram em todas as idades até a faixa etária de 70 a 79 anos. Somente então a proporção se estabiliza. Depois, ela se inverte novamente, a partir da faixa etária de 90 a 99 anos. No entanto, é provável que isso se deva ao fato de que existem significativamente mais mulheres mais velhas do que homens. “São fatores correlacionados diretamente a qualidade de vida e longevidade dos homens. De acordo com o IBGE de 2018, os homens baianos, por exemplo, vivem menos do que as mulheres”, explica Possídio, que complementa: “a parcela masculina da população vive em média 69,5 anos, já as mulheres têm uma expectativa de vida muito superior: 78,7 anos”.

Check up e clínicas especializadas em prevenção – O angiologista e médico vascular Sérgio Possídio diz que o melhor remédio para evitar a ocorrência de mais mortes entre os homens é o monitoramento da própria saúde e a mudança de hábitos. “Infelizmente, menos da metade dos homens fazem um simples check up, e muito menos do que isso desenvolve e mantêm hábitos saudáveis como uma prioridade”, explica Possídio. Ele recomenda a prática de exercício físico, alimentação saudável, controle do peso, ansiedade e do estresse como fundamentais para um bem-estar mais durável. “Existem muitas clínicas especializadas na realização de check ups personalizados e na elaboração de uma nova rotina para o paciente reorientar seus hábitos”.

Mudança de mentalidade – Não é fácil para homens que nunca realizam exames de forma rotineira reprogramar a sua agenda para atender uma bateria de exames e consultas médicas de uma vez só. Por isso, clínicas como Angioclam criaram uma espécie de assessoria médica denominada Move Experiente (ME), que reúne um grupo multidisciplinar de profissionais preparado para orientar e adequar a sua rotina de forma plena, seja no âmbito físico do paciente, seja no que tange a mente e a organização de uma transição alimentar e de exercícios tranquila e sem choques. “É uma obrigação da medicina levar mais e mais pessoas a se tratarem de forma preventiva e abandonarem o costumo de irem aos consultórios apenas quando os sintomas são alarmantes”.

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