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Política

Bolsonaro não convida Rui para encontro com governadores

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um encontro ontem com governadores, segundo anunciado pela Presidência, para “fortalecer o ambiente de união nacional para prevenção e combate ao vírus da covid-19”, mas não convidou o governador da Bahia, Rui Costa (PT). De acordo com a imprensa nacional, apenas os “governadores amigos” participaram da reunião, como Ronaldo Caiado (Goiás) e Romeu Zema (Minas Gerais) e Renan Filho (Alagoas).

Em entrevista à TV Bahia, Rui Costa afirmou que, se fosse convidado, iria “apresentar ideias, sugestões para que o Brasil saia desse momento tão complicado”. “Eu não fui convidado para nenhuma reunião com o presidente. Toda e qualquer reunião que for convidado, participarei. A Bahia estará presente, defendendo que o presidente possa adquirir mais vacinas. Que ele possa adquirir os remédios que estão faltando no país inteiro. E, portanto, ajudar a salvar vidas humanas, porque, até aqui, o que fez foi debochar da vacina.  Todos tão lembrados que ele, por várias vezes, disse que não ia comprar a vacina comunista, chamava de ‘vachina’. Espero que o presidente mude de opinião”, pontuou.

Na reunião, Bolsonaro anunciou a criação de um comitê para coordenar as ações de enfrentamento à pandemia. O comitê vai reunir o governo federal, os governadores e o Senado. “A vida em primeiro lugar. Resolvemos entre outras coisas, de que será criada uma coordenação junto aos governadores com o senhor presidente do Senado Federal”, disse o presidente, após o encontro.

Mais tarde, em entrevista à TV Record, o chefe do Palácio de Ondina voltou a criticar a postura do presidente da República na condução da pandemia. O país tem vivido o pior momento da crise sanitária, com registros de mais de 3 mil mortes em 24 horas. “Era absolutamente desnecessária essa situação. Não precisávamos estarmos vivendo por esse momento. Digo isso com convicção. Bastava o governo (federal) ter comprado as vacinas em setembro, outubro e novembro. E não estaríamos passando por isso. Olha, os Estados Unidos bastaram mudar o presidente, e o presidente já conseguiu vacinar 50 milhões de pessoas. E pretende alcançar 100 milhões. Mudou racialmente”, pontuou.

Rui afirmou ainda que Bolsonaro só se preocupa com a própria família, mesmo havendo um “prejuízo para o país todo”. “Infelizmente, o presidente é o grande responsável por isso. Atuou sempre como aliado do vírus. O maior aliado do vírus foi o presidente da República. Ele, infelizmente, foi o grande aliado do vírus e a morte ao longo desse espiro”, declarou. Sobre o pronunciamento de Bolsonaro em cadeia nacional de rádio e televisão na última terça-feira, Rui disse que esperar “que a ficha tenha caído”. No discurso, o presidente defendeu a vacinação e disse que haverá imunizantes para todos ainda neste ano. “Espero que a ficha tenha caído, e a partir de hoje, ele mude o comportamento e passe de fato, verdadeiramente, a se importar com a vida dos outros. É o meu sentimento. Se a pandemia no ano passado não tinha muito o que fazer, neste momento, não precisávamos estar vivendo isso. Ano passado era inevitável”, ponderou.

 

 

 

 

 

 

Agencia Brasil

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