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Adélia Pinheiro debateu futuro das universidades públicas brasileiras no 60º Fórum da Abruem
A reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e vice-presidente da Abruem, professora Adélia Carvalho de Melo Pinheiro, fez uma alerta sobre a ameaça ao funcionamento das universidades provocada pelos sucessivos cortes nos orçamentos e contenções financeiras impostas às das instituições. Ela apresentou palestra sobre Futuro das Universidades Públicas Brasileiras durante o 60º Fórum Nacional de Reitores da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), sediado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande (PB).
A professora Adélia Pinheiro, fez uma análise do contexto atual amparada na realidade e na história que as instituições apresentam no conjunto da educação superior pública. A vice presidente da Abreum fez uma projeção procurando mostrar quais são os grandes desafios dos gestores para garantir o funcionamento das universidades em meio a escassez de recursos. “Que caminhos podemos buscar e estabelecer como estratégias para caminhar no sentido da garantia da sustentabilidade e do financiamento adequado das universidades?”, indagou.
Adélia Pinheiro alertou que o momento é extremamente crítico e que os reitores precisam ter clareza disso, visto que existe o risco de ameaças a importantes conquistas historicamente construídas pelas universidades, a exemplo da autonomia que cotidianamente vem sendo “anulada” enquanto preceito constitucional. Em meio a tudo isso, os gestores, segundo Adélia, precisam usar de muita criatividade para garantir a qualidade das atividades desenvolvidas no ensino, na pesquisa e na extensão em razão de um financiamento suprimido ou inadequado.
Para ela não existe uma única estratégia para fazer frente a um momento tão complexo, mas um conjunto de ações que devem ser estabelecidas. A mais importante das atividades para superar a crise e garantir o princípio do ensino público gratuito, apontou a vice-presidente da Abruem, é a profissionalização e a racionalização da gestão. Porém, sem esquecer-se da prestação dos serviços especializados, visto que as universidades têm competência para a busca por financiamento externo, a internacionalização das atividades e a captação de recursos da União.
“Temos que buscar soluções que sejam menos generalizadas, mais próprias da identidade de cada instituição. Ou seja, uma decisão do gestor em conjunto com a comunidade acadêmica”, destacou a reitora. Em relação ao tema central do evento, “Governança pública: transparência e controle social na gestão do Ensino Superior”, a reitora disse que a temática foi bem oportuna para o momento que o Brasil atravessa. Para a professora, a temática foi pensada em consonância com o que o país vive e vem atender boa parte das intranquilidades que os reitores das universidades estaduais e municipais têm nesse momento. “Portanto, é um Fórum que nos qualifica para a questão universitária”, salientou Adélia Pinheiro.
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