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Prefeitura combate invasões no Parque Estadual da Ponta da Tulha

Diversas construções irregulares foram demolidas na zona de amortecimento (área que circunda) e no interior do Parque Estadual da Ponta da Tulha, no litoral norte de Ilhéus, numa operação conjunta da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável (Seplandes), Companhia Independente de Proteção ao Meio Ambiente (Cippa) e Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inema). Invasores e donos de casas comerciais de material de construção também foram notificados na operação, que durou quatro dias.

A iniciativa atendeu a uma solicitação do Ministério Público para que invasores pudessem ser retirados da Área de Preservação Ambiental (APA). A Unidade de Conservação Estadual possui aproximadamente 1.700 hectares. A operação teve início no KM 17 da Rodovia Ilhéus-Itacaré, em frente ao Condomínio Verdes Mares.

Desmatamento ilegal – No local foi encontrado um loteamento clandestino onde invasores suprimiam vegetação no entorno do parque. O empreendimento foi multado por não ter nem licença nem alvará para realizar o serviço.Foram apreendidos 16 sacos de cimento e 2 mil blocos de tijolos. No local também foram localizados pranchões fabricados com madeiras de árvores suprimidas na APA.

No Assentamento Paraíso, os fiscais demoliram uma ponte irregular e casas de tábua construídas no entorno e dentro do parque. Foi possível identificar que 98 por cento dos invasores são provenientes de outros municípios regionais. No Assentamento Terra Prometida, mais construções irregulares foram localizadas e derrubadas na zona de amortecimento do parque. Quatro casas, uma ponte, um radier de um imóvel em construção e um muro foram demolidos.

Preservação – O Parque Estadual da Ponta da Tulha foi criado em dezembro de 2015, através de um decreto assinado pelo governador da Bahia, Rui Costa. Parte da sua área chegou a ser estudada para integrar o projeto de construção do empreendimento Porto Sul, fato, à época, bastante questionado por ambientalistas. Sensível à reivindicação, o governo a Bahia voltou atrás e optou pela criação do parque com o objetivo de proteger os ecossistemas naturais da Mata Atlântica, que possui espécies da fauna e da flora ameaçada de extinção, propiciar o desenvolvimento de atividades de turismo ecológico, de educação ambiental e de integração com a região, além de fomentar o desenvolvimento de pesquisa científica e o monitoramento ambiental.

De acordo com a Prefeitura de Ilhéus, a Seplandes, com o apoio dos demais órgãos de proteção ambiental, vai estender esta mesma operação ao Parque Municipal da Boa Esperança, uma unidade de conservação ambiental situada no perímetro urbano de Ilhéus, que possui área de 437 hectares, e é considerado o “pulmão” de Ilhéus.

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