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Para Bebeto, derrota no Senado revela doença do Governo que se espalhou pelo corpo inteiro
O deputado federal Bebeto Galvão (PSB) comemorou a derrota do Governo Temer na votação do projeto de lei de reforma trabalhista pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, na terça (20), por 10 votos contrários e 9 a favor.
Em entrevista ao Informe Baiano por telefone, o parlamentar disse que acompanhou toda a discussão e parabenizou o posicionamento do senador baiano Otto Alencar (PSD) e também de Paulo Paim (PT). O petista solicitou voto em separado e recomendou a rejeição integral da reforma. Bebeto lembrou ainda que o placar ocorreu devido ao voto contrário do senador do PMDB, Helio José, o que revela o abandono da base aliada.
“O Governo não tem legitimidade para conduzir mais nenhum tipo de reforma. Nem o Senado deve conduzir para tentar dar normalidade a crise, porque a natureza da crise é maior que a própria vontade do Governo. Ela se tornou uma doença metastática, onde o tumor se espalhou pelo corpo inteiro do Governo. Revelações da JBS, base fragmentada. Eu defendo que o Senado derrote essa proposta”, disparou.
Segundo Bebeto, uma pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) com 111 países, que passaram por mudanças, mostra que “não houve nenhuma melhora”. Pelo contrário, revela “prejuízos a classe trabalhadora”.
“Não é a legislação o problema. Esse discurso do Governo não é verdade. Em 2014, a taxa mundial de desemprego era a menor com 4,8%. Então, quem pode conduzir é uma macroeconomia. O Governo usa sua base para fazer chantagem. A reforma passou na Câmara Federal porque o Governo queria mostrar força”, finalizou.
A reforma trabalhista vai passar agora pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, por fim, pelo plenário do Senado. Os relatórios da CAS e da CCJ vão servir de orientação para a votação em plenário.
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