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Bahia

Ivana Bastos aplaude classe trabalhadora pela passagem do 1º de Maio

A passagem do Dia do Trabalhador no Brasil, comemorado em 1º de maio, foi lembrada pela presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputada Ivana Bastos, que protocolou na Mesa Diretora da Casa uma moção de aplausos à classe trabalhadora.
“O Dia do Trabalhador ou Dia do Trabalho, festejado em 1º de maio, é celebrado no Brasil e em grande parte do mundo como forma de marcar a organização dos trabalhadores enquanto classe e as suas conquistas no mundo laboral ao longo da história”, lembrou a chefe do Legislativo baiano.
Conforme ela explicou, a data é inspirada em movimento grevista de centenas de trabalhadores, que eclodiu na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, no ano de 1886, como forma de reivindicar condições dignas de trabalho e redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias, descanso semanal e férias remuneradas.
“Esta greve de trabalhadores estadunidenses foi duramente reprimida com violência pela polícia de Chicago, resultando em prisões e mortes de lideranças. O movimento paredista, no entanto, levou a que as reivindicações fossem sendo gradualmente implementadas naquele país e se tornou emblemático para a história da classe trabalhadora no mundo”, escreveu Ivana Bastos.
Ela recordou ainda que, em 1889, três anos depois da greve de Chicago, o movimento internacionalista socialista passou a reconhecer a relevância do 1º de maio para a organização laboral e o instituiu como Dia Mundial do Trabalho.
Desde então, a data ganhou um novo significado político internacionalmente. O reconhecimento aconteceu, exatamente, durante congresso da 2ª Internacional Socialista, realizado em Paris, na França, em que reuniu os principais partidos socialistas e sindicatos de trabalhadores de toda a Europa. “A partir daí, estava estabelecido o 1º de maio como Dia Internacional do Trabalho”, explicou a presidente.
No contexto do Brasil, a data, segundo Ivana Bastos, somente foi consolidada em 1924, quando foi declarado o feriado nacional pelo então presidente Arthur Bernardes (1875 – 1955), que governou o país de 15 de novembro de 1922 a 15 de novembro de 1926, período marcado por expressiva efervescência cultural, na esteira da Semana de Arte Moderna, e de crescimento da organização operária.
“Com o passar dos anos, o 1º de maio se tornou no país um marco nas conquistas trabalhistas. O presidente Getúlio Vargas (1882 – 1954), inclusive, utilizou bastante a data para anunciar direitos trabalhistas, como o salário mínimo, a criação da Justiça do Trabalho e outros”, citou.
A presidente da ALBA destacou também a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, através do Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, como forma de unificar e organizar toda a legislação trabalhista. A CLT é o principal marco regulatório do direito do trabalho no Brasil, reunindo direitos, deveres, medidas de proteção e outros benefícios das partes envolvidas nas relações do mundo do trabalho.
“Nesses 101 anos de celebração do 1º de maio no Brasil, por se tratar de uma luta com enorme valor histórico e político em todo o planeta, a classe trabalhadora, através dos sindicatos laborais e centrais sindicais, buscou sempre marcar a data com a promoção de mobilizações, protestos, passeatas e debates acerca do tema”, disse a deputada, lembrando que o feriado nacional do Dia do Trabalhador tem sido uma oportunidade para reflexões acerca dos desafios vigentes e futuros que se impõem às novas categorias profissionais, seja pelo segmento laboral, empresarial e pelo poder público.
Ela observou ainda que a classe trabalhadora, por conta de uma gama de fatores, a exemplo das novas tecnologias surgidas no mundo do trabalho contemporâneo, tem passado por substancial mudança de perfil, sendo o exemplo mais nítido o advento dos trabalhadores por aplicativo. “Nesse sentido, entendemos que o mundo do trabalho faz um chamado ao conjunto da sociedade brasileira, para uma reflexão madura e criteriosa acerca dos rumos que tomará a mais nobre e essencial das atividades humanas: o trabalho”, concluiu a presidente da ALBA, solicitando, por fim, que seja dado conhecimento da moção de aplausos à Executiva Estadual do PSD.
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