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Bahia

No sertão baiano, Caetité se torna a primeira cidade do interior do Brasil a coletar lixo orgânico nas residências

Com apoio da BAMIN, cooperativa local coleta resíduos orgânicos de casa em casa e transforma restos de comida em adubo e renda para catadores

 Em um país onde a média da coleta seletiva alcança apenas 4% dos resíduos gerados, uma cidade do sertão baiano tem mostrado que é possível ir além. Em Caetité (BA), cidade com cerca de 50 mil habitantes, se destaca por um modelo inovador de gestão de resíduos, com resultados concretos tanto para o meio ambiente quanto para a geração de renda.

A Coopercicli, cooperativa de catadores e catadoras da cidade,  realiza a coleta domiciliar de resíduos orgânicos, transformando restos de alimentos em adubo. A iniciativa começou como um projeto-piloto dentro do Circuito do Lixo, desenvolvido pela mineradora BAMIN, e foi ampliada em 2025 com apoio técnico da Terceiro Setor Consultoria e recursos de um edital do Ministério do Meio Ambiente.

A coleta é feita de porta em porta. Os moradores recebem baldes personalizados, instruções sobre o descarte correto e um calendário fixo de coleta. O material recolhido é levado ao pátio de compostagem, onde passa por um ciclo de 90 dias com trituração, controle de temperatura e adição de nutrientes. O resultado é um adubo orgânico vendido na feira livre local por valores acessíveis, o quilo mais barato custa R$ 2,50.

Apenas em abril, foram recolhidas cerca de 10 toneladas de resíduos orgânicos. A média mensal atual chega a 30 toneladas de recicláveis secos. Com isso, a Coopercicli responde hoje por aproximadamente 20% da coleta seletiva em Caetité, índice cinco vezes superior à média nacional.

Fundada há 16 anos, a cooperativa reúne 34 cooperados e já ultrapassou a marca de 3,7 milhões de quilos de resíduos coletados. Sendo considerada a primeira do interior do Brasil a operar um sistema estruturado de coleta orgânica residencial.

Para Edilene Luiza, presidente da cooperativa, “esses projetos geram emprego, renda e ainda protegem o meio ambiente. É um modelo que pode ser replicado em muitas outras cidades”, afirma.

O sócio-fundador Paulo Trentin também destaca o valor simbólico da iniciativa. “A compostagem representa um novo sentido no nosso trabalho. Transformar o que iria poluir em algo útil é uma alegria”.

Ao longo da última década, a BAMIN tem sido uma parceira constante. Foi a empresa que apoiou, em 2010, o primeiro estudo que identificou a viabilidade de uma cooperativa de reciclagem no município. Desde então, tem contribuído para a estruturação da Coopercicli, viabilizando equipamentos como caminhão-baú, prensas, elevadores de carga e máquinas para compostagem, com recursos próprios e via editais públicos.

“A Coopercicli é um exemplo de como parcerias locais podem gerar soluções sustentáveis e duradouras. Nosso compromisso sempre foi apoiar iniciativas baseadas na realidade da comunidade, promovendo inclusão produtiva e gestão eficiente dos resíduos”, afirma Marcelo Dultra, gerente geral de sustentabilidade da BAMIN.

Sobre a BAMIN

 

A BAMIN está construindo um novo corredor logístico de integração e de exportação para a mineração e para o agronegócio para o Brasil, que incluem a Mina Pedra de Ferro, na cidade de Caetité, e os projetos de solução logística integrada: o terminal de águas profundas Porto Sul, em Ilhéus, e o trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL 1) , que ligará Caetité a Ilhéus, com 537 km de extensão.

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