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Bahia

Operação derruba imóveis em Porto Seguro e indígenas culpam prefeito Jânio Natal

Indios da tribo Pataxó reagiram na manhã desta terça-feira, 31, à demolição de casas e comércios às margens da BR-367, em Porto Seguro. Os imóveis, derrubados por uma retroescavadeira e que estariam irregulares, ficam dentro da Comunidade Indígena Ponta Grande, que tentou impedir a ação.

De acordo com a Associação de Jovens Indígenas Pataxó (Ajip), o Ministério Público Federal (MPF) encaminhou um ofício para a Prefeitura de Porto Seguro e para a Polícia Federal para que se descolassem até a região para averiguar construções irregulares.

“O prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL), usou seu poder de influência para fazer com que a Polícia Militar e a Polícia Federal fizessem a demolição de dezenas de casas e comércios do Povo Pataxó”, acusou a representação dos indígenas, em comunicado divulgado no Instagram.

De acordo com a Associação de Jovens Indígenas Pataxó, os caciques e organizações de base não foram notificados da ação. Em protesto, eles fecharam a rodovia.

“A Polícia Militar está prendendo jovens Pataxós, que estão defendendo seu território de uma ação de demolição de casas e barracas no Território Indígena Ponta Grande em Porto Seguro. A Ajip repudia veementemente essa ação descabida e desumana”, lamentou a associação, nas redes sociais.

A operação de derrubada dos imóveis contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal, Polícia Militar, da Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Porto Seguro, da Marinha e do Ministério Público Federal.

De acordo com o Ministério Público, as construções estão na orla em área pertencente a União. Imagens feitas por pessoas que passavam pelo local mostram a retroescavadeira derrubando as casas e imóveis comerciais.