“Policia Militar do Estado da Bahia, encontra-se doente; diz “soldado aloprado”

Não é de hoje que se discute o modelo de policiamento usado nos estados brasileiros: MILITAR. Sem entrar no mérito da eficiência desse modelo de carreira com poder verticalizado, podemos afirmar que tal modelo torna as ocorrências de assédio muito comum dentro da instituição, o que vem causando o adoecimento mental e emocional frequentes nos profissionais envolvidos, somando a esse fator a natureza estarrecedora  da própria atividade.

Caso recente
Em 2020, a Bahia e o mundo assistiu o caso do Soldado PM Wesley, visivelmente surtado, bradando palavras de ordem e que foi executado diante das câmaras no Farol da Barra em Salvador.
Nessa última semana, o caso de um outro Policial Militar tratando uma adolescente de forma inadequada em Camaçari/Ba trouxe o assunto da saúde mental e emocional desses profissionais novamente ao centro discussão.

A instituição PM
Nesse último caso o comando da Polícia Militar informou aos meios de comunicação e a sociedade que o soldado responderá a um processo administrativo e que poderá ser punido.
Devemos observar que, conforme o artigo 144 da Constituição Federal o papel da Polícia Militar é a manutenção e preservação da ordem pública. Mas que na pratica vem acontecendo um desvio de função para o combate ao crime organizado, assalto a bancos e para o serviço de investigação que é função da Polícia Civil.
A PM da Bahia que possui um efetivo de cerca de 40 mil homens e mulheres, que trabalham diária e incessantemente está com o seu efetivo defasado e teve redução do seu orçamento nos últimos anos, o que acarreta as escalas de serviços e afeta o psicológico e o emocional do seu pessoal.
A valorização salarial também é outro ponto que precisa ser analisado. Nesse ano de 2023 o governo contemplou a categoria com uma correção inflacionaria de 4% (abaixo do real) e aumento a cobrança do PLANSERV em 2%.
Fato é que: mais do que um valorização profissional na forma de remuneração digna os militares precisam de uma política de acompanhamento da sua saúde e redução da sua jogada de trabalho.

Conclusão
O advogado é indispensável a justiça assim com o soldado é indispensável a segurança pública. Pensar em segurança pública sem pensar nos seus integrantes é fortalecer a criminalidade. Policial, come, veste, mora, tem família, vida e saúde física e emocional para cuidar! Não se faz segurança pública apenas com viaturas, armamentos e coletes balísticos e munições. O protagonista dessa novela que parece não ter fim é um ser humano no papel de MILITAR. Seja praça ou seja oficial precisa de atenção e cuidados especialmente de saúde mental é emocional!