Brasil
Bahia poderá receber nova unidade de Escola de Agronegócio
Atitus Educação ofertará cursos de graduação em Agronomia e Medicina Veterinária em Luís Eduardo Magalhães, com modelo de ensino diferenciado em parceria com empresas do setor, cooperativas e até produtores rurais

O agronegócio se tornou a “menina dos olhos” na economia da Bahia. Até o terceiro trimestre de 2024, o setor representou 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, atingindo 26,5% no terceiro trimestre, o maior índice para o período. Já o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em 2024 foi de R$ 54 bilhões, com as lavouras contribuindo com 81% e a produção animal com 19%. Esses números destacam a importância do agro e com eles, evidenciando seu papel central no desenvolvimento do estado.
Para que este cenário continue em evolução é preciso disponibilizar ferramentas e meios que ajudem nas atividades do campo. Como é o caso da educação e capacitação profissional especializada, que hoje é um dos problemas enfrentados na área. Com foco em atender essa necessidade do setor na região do Cerrado brasileiro, a Atitus Educação, de Passo Fundo-RS, anuncia o projeto de expansão e instalação de uma nova unidade da Escola de Agronegócio em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia.
A escola, vai além das exigências do MEC e das disciplinas tradicionais. Isso porque além de englobar os cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, desenvolve também, há três anos, um modelo muito diferenciado de conteúdo, em uma espécie de ecossistema em parceria com empresas, cooperativas, produtores rurais e até agências como a Embrapa, para fomento à pesquisa.
Segundo Pompeo Scola, psicólogo, consultor em empreendedorismo e membro do Conselho Consultivo da Atitus Educação, o intuito desse ecossistema é proporcionar aos estudantes um vivenciamento único. “A ideia é que eles possam atuar no dia a dia do campo, entendam as dores e demandas das empresas e dos produtores, tenham maior taxa de empregabilidade e ainda estejam alinhados ao que o mercado realmente precisa. Ou seja, a ênfase está em formar pessoas capacitadas com qualidade, e não apenas focadas em valores acessíveis ou ensino genérico”, cita.
Hoje, a instituição já tem parceria com marcas renomadas, como a Ourofino Saúde Animal e a cooperativa Cotrijal. “No Sul já temos muitos exemplos do sucesso dessa metodologia de engajamento e os parceiros demonstram muita satisfação com os resultados”, diz o consultor.
Ainda segundo ele, o projeto ainda está em fase de validação, mas o interesse é evidente e a implantação da unidade na cidade não é à toa e sim estratégica. “O Oeste da Bahia precisará cada vez mais criar programas de atração para disponibilizar na região serviços essenciais e modernos que permitam autonomia e equilíbrio no seu processo de crescimento e vale dizer que mão de obra treinada é essencial para um agro forte”, destaca Scola.
Importância da educação no agro
A educação e a formação de profissionais são pilares fundamentais para o fortalecimento e a modernização do agro. Em um setor cada vez mais tecnológico e competitivo, é essencial contar com mão de obra qualificada, capaz de aplicar conhecimentos técnicos, científicos e de gestão para aumentar a produtividade e a sustentabilidade das atividades agropecuárias.
A capacitação constante contribui diretamente para a adoção de boas práticas agrícolas, uso eficiente de recursos naturais, inovação nas cadeias produtivas e ampliação da competitividade no mercado nacional e internacional. Além disso, investimentos em educação rural promovem inclusão social, melhoria da qualidade de vida no campo e maior protagonismo das comunidades no desenvolvimento do setor.

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