Brasil
Consumo de carnes no Brasil cresceu 32% em 25 anos, mas carne bovina caiu 24%
Aves e suínos cresceram no país, e basta olhar os motivos desse crescimento. Aves com grande distribuição, pontos de vendas de altíssima capilaridade nas assadeiras populares das carcaças se multiplicando em bares e padarias, além da facilidade do preparo. No campo, nas granjas , crescimento da tecnologia , da produtividade e da conversão de ração por kg de frango . Os suínos com campanhas nos supermercados muito bem conduzidos pela Abcs – associação brasileira de criadores de suínos , informando o consumidor das virtudes da carne de suíno , que deixou de usar o nome “ carne de porco “. E, inteligentemente, associando o nome a saúde. Cresceram ambas respectivamente , aves 62% , e suínos 120% . Por outro lado a carne bovina teve queda no consumo per capita , caindo de 38,8 kg/capita , em 1996 , para 29,3 kg/capita hoje . ( fonte conab e neoagro)
Qual seria a razão? Seria a carne bovina mais cara, ou o que falta mesmo é uma inteligência de marketing no setor? Pesquisa que realizamos mostra que o consumidor tem uma percepção de ser “ mais cara”. Desconhece cortes mais baratos. Associa a carne bovina com mais sabor . Porém, a considera não mais para o consumo cotidiano e sim para momentos especiais . E não conecta carne bovina com saúde , onde esse atributo espontâneo é dominado pelo peixe .
Da mesma forma a carne bovina perdeu a presença do “ açougueiro “ do bairro , e o consumidor não foi mais educado para o preparo de pratos gostosos e baratos .
A tendência de queda do consumo per capita da carne bovina não está no campo, nos pecuaristas, que ao contrário tem evoluído muito na tecnologia e gestão. O problema está na falta de marketing . Essa proteína oferece cortes baratos e com elevadíssimo aproveitamento proteico e saudável . Todas as carnes são importantes para a saúde . A disputa estará muito mais na estratégias de marketing , de cortes, apresentações, produtos, pontos de venda, preço e promoção, do que no dentro das porteiras das fazendas. Educação e percepção do consumidor final.
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