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Ondas de calor no NE: Por que crianças e idosos são mais vulneráveis às altas temperaturas?
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De acordo com a empresa de meteorologia Climatempo, uma nova onda de calor começa a atingir os estados nordestinos. Os termômetros poderão atingir a marca de 40°C em áreas do oeste da Bahia, no Vale do São Francisco e no sertão entre Bahia, Pernambuco e Piauí. A sensação térmica será ainda maior.
Devido as altas temperaturas, os riscos de desidratação e outros problemas de saúde relacionados ao calor extremo aumentam. Os meteorologistas alertam que essa onda de calor pode se prolongar, mantendo o tempo seco e quente por vários dias consecutivos.
Diante disso, Jackeline Pires de Souza, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera alerta para com os cuidados com crianças e idoso, haja vista que esse público é mais vulnerável ao calor.
“Isso se dá devido a fatores fisiológicos e comportamentais específicos. É crucial adotar medidas preventivas para proteger esses grupos durante períodos de altas temperaturas, garantindo sua saúde e bem-estar. O sistema de termorregulação das crianças ainda está em desenvolvimento, o que dificulta a manutenção de uma temperatura corporal estável. Já os idosos têm um sistema de termorregulação menos eficiente, o que dificulta a dissipação do calor”, explica.
A especialista destaca, que muitos idosos sofrem de doenças crônicas que podem agravar os efeitos do calor, como doenças cardiovasculares e diabetes. De acordo com Jackeline, no calor intenso, o corpo responde com uma vasodilatação, ou seja, a dilatação das artérias, na tentativa de dissipar o excesso de calor, fato que leva a um aumento do fluxo sanguíneo para a pele e ao processo de transpiração.
“A transpiração é uma das principais formas que o corpo tem para equilibrar sua temperatura. Com a vasodilatação, mais sangue é direcionado para a pele. Se não consumirmos mais água para compensar a perda pela transpiração, a quantidade de sangue por unidade de espaço arterial diminui, o que pode resultar em uma queda na pressão arterial e, em casos mais graves, levar à desidratação”, alerta.
Por fim, a docente da Faculdade Anhanguera que esse fator que ocorre com idosos e crianças, se dá também porque, naturalmente, eles têm menos água corporal, sentem menos sede e transpiram menos, o que reduz a capacidade de seus corpos para regular a pressão arterial e a temperatura interna.
“O corpo aquecido do idoso tem dificuldade em dissipar o calor, levando a um aumento perigoso da temperatura corporal, não causado por febre, mas devido à incapacidade do corpo de regular sua temperatura. Em crianças, o cuidado também deve estar na exposição ao sol, pois com os pequenos, a incidência de raios UV danosos à pele é muito maior”.
A especialista dá algumas dicas de cuidados. Confira:
Para Crianças
- Hidratação Regular: Incentivar a ingestão frequente de líquidos, mesmo que a criança não sinta sede.
- Ambientes Frescos: Manter as crianças em ambientes frescos e bem ventilados, especialmente durante as horas mais quentes do dia.
- Roupas Adequadas: Vestir as crianças com roupas leves e de cores claras.
Para Idosos
- Monitoramento da Hidratação: Verificar regularmente a ingestão de líquidos e incentivar a hidratação.
- Ambientes Climatizados: Garantir que os idosos tenham acesso a ambientes climatizados ou bem ventilados.
- Acompanhamento Médico: Consultar um médico sobre os efeitos dos medicamentos em relação à exposição ao calor.
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