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Educação (UESC)

Uesc: Estação Experimental Fazenda Almada

Aprendizagem compartilhada entre Universidade e produtores rurais

Um espaço onde ensino, pesquisa e extensão dialogam para a produção e compartilhamento de saberes entre docentes, técnicos, estudantes e sociedade. Essa é a proposta desenvolvida na Estação Experimental Fazenda Almada, propriedade rural antes pertencente ao Instituto do Cacau da Bahia (ICB), transferida para a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), após findar-se aquela instituição.

Sob coordenação dos professores Caio Tacito Gomes Alvares e Gustavo Tavares Braga, o projeto Centro de Estudos e Difusão de Tecnologia Rural abre as portas da Fazenda Almada para o público de agricultura familiar de municípios da região Sul da Bahia vivenciar um dia de aprendizado em campo. A proposta parte da necessidade de multiplicar informações científicas entre os produtores a fim de que esses possam se beneficiar do conhecimento produzido pela Universidade em suas propriedades rurais.

Por meio da ação, o ambiente, estruturado para ensino e pesquisa, especialmente nos cursos de Medicina Veterinária e Agronomia, volta-se para a extensão e, por meio dessa interação, enriquece todos os envolvidos – os produtores têm acesso às pesquisas e técnicas desenvolvidas pelos pesquisadores que, por sua vez, aprendem com a experiência dos produtores rurais. O dia de campo é dividido em duas etapas de capacitação nas quais são apresentadas estratégias e possibilidades para o desenvolvimento da ovinocultura e da piscicultura.

Numa fase, o professor Caio demonstra o potencial de exploração da ovinocultura na região, que passa pela adaptação ao clima tropical úmido. Dentre os principais desafios no manejo, destacam-se os sanitários, como o controle de verminoses. Também são compartilhados resultados de estudos relativos às metas produtivas de cordeiros viáveis à comercialização e seleção de melhoramento genético.

Na outra etapa, o professor Gustavo expõe as técnicas de piscicultura em viveiros escavados, método semi-intensivo; em tanques rede de diferentes tamanhos, intensivo; e em tanques suspensos, metodologia superintensiva. Por meio das pesquisas, é possível reproduzir com precisão os resultados no setor da cadeia produtiva. “Os resultados que a gente consegue alcançar aqui são de aplicação direta no campo, na produção de peixe no mercado”, afirma o professor. O produtor rural Nivaldo Carvalho, que participou do primeiro dia de atividades, ressaltou a aplicabilidade do conhecimento partilhado. Já o agricultor familiar Magno Santos destacou a importância da ação que oportuniza ao produtor rural aprendizados que muitas vezes eles não poderiam custear participando de cursos.

O agendamento dos dias de campo é feito por meio de demanda das secretarias municipais de agricultura. Na Fazenda, são desenvolvidas ainda pesquisas com o dendê e o apoio de nutrição de ruminantes, por meio de plantio de milho e sorgo, ação do Laboratório de Pesquisa em Nutrição e Alimentação de Ruminantes (Lapnar). Mais informações através dos e-mails [email protected] e [email protected] ou através do telefone do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais (DCAA): (73)3680-5112.

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