Ilhéus
Bebeto Galvão lamenta morte de Mãe Bernadete e exige medidas céleres: “O nosso povo merece respeito”
Onze quilombolas assassinados nos últimos 10 anos na Bahia. Esse é o saldo horrendo divulgado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Na noite de quinta-feira (17), Mãe Bernadete Pacífico entrou para a estatística de vítimas no estado. Ela foi morta covardemente após ter sido feita de refém em seu terreiro, localizado na cidade de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador.
Bebeto Galvão usou suas redes sociais para prestar solidariedade aos familiares e amigos da Matriarca do Quilombo Pitanga dos Palmares. Ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, a ialorixá passou a vida lutando pelos direitos dos quilombolas. Ela clamava por justiça pelo assassinato do seu filho Fábio Gabriel Pacífico dos Santos (Binho), que até hoje continua impune. O homicídio também aconteceu dentro do terreiro, em 2017.
“O assassinato brutal da nossa querida ialorixá Mãe Bernadete Pacífico chocou a todos. Líder e mestra, ela era referência na cultura, na promoção da igualdade e para o povo de Santo em todo o Brasil. Minha profunda solidariedade aos familiares, filhos e amigos neste momento doloroso”, disse Bebeto.
O vice-prefeito de Ilhéus ressaltou que as autoridades devem adotar providências céleres para que os assassinos sejam condenados, mas acima de tudo, para que os familiares de Mãe Bernadete e outras lideranças locais tenham segurança e a garantia da integridade física.
“Exigimos respostas dos assassinatos e respeito ao nosso povo, bem como a imediata titulação do quilombo, objeto da cobiça dos especuladores imobiliários. Precisamos garantir ao nosso povo o direito à vida. Por isso exigimos e clamamos ao governador Jerônimo Rodrigues e ao ministro Flávio Dino todos os esforços e a implacável busca e prisão dos assassinos”, acrescentou Bebeto Galvão.
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