Ilhéus
Ilhéus: I Festival de Culturas Identitárias discute influência da população negra no sul da Bahia
A abertura do I Festival de Culturas Identitárias reuniu importantes personalidades no Salão Nobre do Palácio Paranaguá, na noite de quinta-feira (25). Marcando presença no primeiro dia do evento, o prefeito Mário Alexandre destacou a importância da representatividade negra na formação da sociedade ilheense. A solenidade também contou com a participação da secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana.
“É uma ocasião importante para discutir políticas públicas no município. Quero agradecer à presença da nossa secretária Arany, que trouxe experiências importantes dentro das ações voltadas à cultura. Ficamos muito felizes e vamos continuar atuando em conjunto para promover o diálogo e construir um trabalho focado no bem-estar do nosso povo”, destacou o prefeito.
Parte das comemorações alusivas ao Novembro Negro, o festival reúne palestras, apresentações teatrais, culturais e de música. Durante sua fala, a secretária sublinhou as influências incorporadas culturalmente no cotidiano da população sul baiana, com destaque para o espaço ocupado pelas comunidades dos povos de terreiros e das manifestações artísticas e culturais de matriz africana e afro-brasileira.
“Nesse espaço eu fiquei sabendo que existia uma população negra, que foi escravizada e construiu a riqueza desta terra. Eu estou aqui para engrossar as fileiras. A minha pasta não é do recorte racial. A minha pasta é da cultura. Mas é sabido de todos que a cultura da Bahia é fortemente negra”.
O evento também contou com as presenças do vice-prefeito Bebeto Galvão, do presidente do Olodum, João Jorge; do secretário municipal de Cultura, Geraldo Magela; de vereadores; autoridades políticas, militares e representantes de religiões de matriz africana.
“Ilhéus precisa ser a cidade africana do sul da Bahia e comemorar o Novembro Negro falando de igualdade, liberdade e respeito, com a participação do prefeito e vice-prefeito é importantíssimo. Então, temos uma conexão e o Olodum tem que estar muito mais presente aqui, com a escola, teatro, audiovisual, com a banda e a música. É um conjunto de políticas a ser construído. A gente quer trazer esperança para a nossa juventude”, destacou o presidente do Olodum.
O Festival segue nesta sexta-feira (26) e no sábado (27), durante todo o dia e no período da noite, com palestras e apresentação do Fest Afro, a partir das 19h, na Praça Pedro Mattos (em frente ao Teatro Municipal). Finalizando o Novembro Negro, no dia 2 de dezembro será realizado o projeto “Samba na Praça”, às 19h, na Praça Castro Alves.
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