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Ilhéus

Ilhéus promove mobilização sobre a Doença Falciforme na Praça JJ Seabra

Na manhã desta terça-feira (17), a Praça JJ Seabra, no centro de Ilhéus, foi palco de uma importante mobilização em alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, celebrado em 19 de junho. A ação foi promovida pelo Programa de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme de Ilhéus (PRODOFI) da Prefeitura de Ilhéus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Associação das Pessoas com Doença Falciforme de Ilhéus (APEDFI), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Banco de Sangue de Ilhéus.

Falciforme SESAU
Com o objetivo de informar e sensibilizar a população sobre a doença falciforme — condição genética e hereditária com alta prevalência na Bahia — os organizadores distribuíram panfletos, dialogaram com o público e reforçaram a importância do diagnóstico precoce e do cuidado contínuo com os pacientes.

 

Falciforme SESAU:

A coordenadora do PRODOFI, enfermeira Priscila Imbassahy, destacou os impactos da doença e o desafio enfrentado pelas pessoas acometidas.
“É uma doença caracterizada por alteração nas hemácias, o que provoca anemia crônica, crises de dor, icterícia e lesões em órgãos. Por atingir majoritariamente a população negra, ainda é cercada por estigmas e marcada pelo racismo estrutural. Essa mobilização é para dar visibilidade à causa e reafirmar o nosso compromisso com os pacientes”, disse.
Ela também agradeceu à Secretaria de Saúde de Ilhéus pelo apoio. “Reconhecemos a sensibilidade da gestão municipal, através da secretária Sonilda Mello e da diretora da Média e Alta Complexidade, Sheilla Mello, que têm acolhido as demandas do nosso serviço”, completou.

A presidente da APEDFI, Noêmia Neves, reforçou a urgência de combater a negligência em relação à doença.
“A doença falciforme não é contagiosa, mas é grave e mata. Temos um programa municipal que atende pacientes de Ilhéus e municípios pactuados, mas é preciso que os profissionais de saúde estejam mais preparados para lidar com essa condição com dignidade. Infelizmente, mesmo após 115 anos do diagnóstico científico, a doença ainda é invisibilizada, inclusive por familiares”, alertou.
Ela também fez um apelo à população: “É preciso conhecer os sintomas, buscar diagnóstico e aderir ao tratamento. Doença falciforme precisa ser falada, debatida e enfrentada com seriedade”.

A mobilização reafirma o compromisso coletivo com o cuidado, o acolhimento e a luta contra o preconceito e a desinformação em torno da doença falciforme, contribuindo para salvar vidas e promover mais dignidade aos pacientes.

Por Cátia Gomes / ASCOM SESAU