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Ilhéus

“O abandono da Uesc estava gerando transtornos naquele espaço do sítio roseira”, afirma líder do movimento quilombola em Ilhéus

Nesta quarta-feira (16), OTabuleiro recebeu Marcos Vinícios, líder do Movimento Quilombola em Ilhéus. Em entrevista ao Comunicador Vila Nova, Marcos falou sobre a reintegração de posse por parte da UESC para um terreno localizado nas proximidades da universidade.

“O Sítio Roseiral era da Família Medauar e foi vendido para a a UESC, nos anos 90. Houve um abandono por parte da Universidade, isso causou um grande transtorno para a Comunidade Quilombola. Ele estava sendo utilizado por pessoas mal intencionadas, as pessoas estavam levando pessoas lá para serem estrupadas, para vender e consumir entorpecentes. Nós não sabíamos porque não nos atentávamos aquela área, isso tudo foi antes da nossa ocupação. Ocupamos por isso, o abandono da UESC estava causando transtornos na comunidade. Demos função social para aquele lugar”, afirma Marcos.

Ele diz que a Comunidade não sabia do pedido de reintegração de posse, “com muita serenidade eu assinei a intimação. Após isso, desocupamos nos dias 13, 14 e 15. Atualmente tem pessoas lá que não são quilombolas e que não fazem parte do movimento. Essas pessoas foram retiradas anteriormente e agora se aproveitaram de alguns problemas graves que aconteceram. Nós estamos sendo confundidos com esse grupo. A própria UESC precisa compreender isso, não somos adversários da UESC, queremos dialogar e conversar no âmbito judicial”.

Segundo Marcos, no momento da ocupação pelo seu Grupo Quilombola, haviam dois funcionários da UESC morando indevidamente no lugar, “o que queremos da UESC é que a reintegração de posse seja cumprida de forma completa, para que possamos disputar legalmente com a UESC”.

 

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