Professora da UESC e a presidenta da APEDFI lançam livro Women and COVID-19

A professora de Sociologia Flávia Alessandra de Souza (DFCH/UESC), e a presidenta Maria Noemia das Neves Conceição, da Associação de Pessoas com Doença Falciforme de Ilhéus (APEDFI), são coautoras do livro internacional “Women and COVID-19” (Mulheres e COVID-19), lançado recentemente pela editora britânica Routledge, sediada em Londres e Nova Iorque. O trabalho, que foi submetido a uma longa e rigorosa análise científica por pares no exterior, foi conduzido por uma rede mundial de pesquisadoras na qual estudiosas radicadas em países do sul global são protagonistas. Participam do livro cientistas do Brasil, Zimbábue, Nigéria, África do Sul, Malásia, Japão, Índia, Austrália, Estados Unidos e Reino Unido.

Escolhido para compor a “The COVID-19 Pandemic Series” da Routledge, o livro “Women and COVID-19” tem como organizadoras as professoras Mariam Seedat-Khan, da Universidade de KwaZulu-Natal, na África do Sul, e Johanna O. Zulueta, da Universidade de Toyo, no Japão, e foi prefaciado pelas professoras seniors Jan Marie Fritz, da Universidade de Cincinnati, Estados Unidos, e Tina Uys, da Universidade de Joanesburgo, África do Sul. Todas elas integram, juntamente com a professora Flávia Alessandra, o Comitê de Pesquisa 46 em Sociologia Clínica da Associação Internacional de Sociologia (ISA RC 46) – plataforma científica de excelência participada por estudiosas/os de todos os continentes.

No livro, Flávia Alessandra e Noemia são autoras do capítulo 6, intitulado “The Association of People with Sickle Cell Disease (APEDFI) and Associated Black Women in Ilhéus-BA (Brazil) During The COVID-19 Pandemic: A Sociological Analysis” (A Associação de Pessoas com Doença Falciforme de Ilhéus [APEDFI] e Mulheres Negras Associadas em Ilhéus-Ba [Brasil] durante a Pandemia da COVID 19: Uma Análise Sociológica), o qual foi traduzido do português para o inglês pela cientista social Iraiza de Souza Pereira (UFRB), professora efetiva de Sociologia da educação básica do  Estado da Bahia em Camamu. No capítulo têm centralidade a APEDFI e suas estratégias durante a pandemia, com ênfase no papel fundamental das mulheres negras neste processo.

As autoras relatam que foi emocionante receber exemplares do livro físico em suas casas, vindos por correio dos Estados Unidos para Ilhéus, e que também é emocionante saber que o livro hoje tem ampla circulação por diversos países do globo. Elas sublinham tratar-se de capítulo produzido por pesquisadoras negras, que estudam saúde da população negra com ênfase em doença falciforme e mulheres negras. Flávia e Noêmia explicam que estão conduzindo uma agenda de pesquisa que combina conscientização social sobre doença falciforme e mobilização prática contra o racismo institucional.

A editora Routledge (que é a maior do mundo em Ciências Sociais e tem publicado obras de intelectuais críticos tais como bell hooks e Noam Chomsky, por exemplo) disponibilizou livro para venda nas versões física e digital em seu site.