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Internacional

Menino de 9 anos tira a própria vida após revelar a colegas que era gay

Uma mãe americana está tentando transformar uma tragédia num alerta contra o bullying e a homofobia. O filho de Leia Pierce, Jamel Myles, de 9 anos, se matou na última quinta-feira (23). Ela acredita que o suicídio do pequeno foi resultado de abusos e intimidações de colegas de escola, depois que Jamel se declarou gay.

Em entrevista ao jornal “Denver Post”, Leia relatou que, durante as férias de verão (inverno no hemisfério sul), o menino contou a ela que era gay.

“Ele disse: ‘mamãe, eu sou gay’. Eu pensei que ele estava brincando, então olhei para trás, porque estava dirigindo, e ele estava tão assustado. E eu disse: ‘e eu continuo amando você”, contou Leia.

O menino disse à mãe que queria muito compartilhar a notícia com seus colegas de escola. “Ele foi para a escola e disse que iria contar para as pessoas que era gay porque estava muito orgulhoso”, relatou Leia.

As aulas começaram na segunda-feira. Quatro dias depois, Jamel foi encontrado morto em casa.

“Quatro dias foi tudo o que durou na escola. Eu nem consigo imaginar o que disseram para ele. Meu filho contou para a minha filha mais velha que as crianças da escola disseram a ele para se matar. É tão triste que ele não tenha me procurado”, lamentou a mãe.

O Distrito Escolar do Condado de Denver instalou uma comissão de conselheiros para os estudantes da escola de Jamel. Cartas foram enviadas aos pais, lamentando a morte do garoto, “uma perda inesperada para a nossa comunidade escolar”, e aconselhando as famílias a ficarem atentas a sinais de estresse nas crianças.

Em entrevista à BBC, Will Jones, porta-voz do distrito, afirmou que os professores da Escola Fundamental Joe Shoemaker “estão criando um espaço para os estudantes compartilharem como estão se sentindo e processarem suas emoções”.

Apesar da dor, a mãe do menino tenta alertar as famílias sobre as consequências do bullying. Ela também cobra responsabilização dos pais daquelas crianças que praticam bullying contra outras.

“Nós, pais, devemos ter responsabilidade pelo bullying. Eu acho que os pais devem ser punidos porque, obviamente, eles estão ensinando as crianças a agirem assim ou estão tratando-as dessa forma”, afirmou Leia.

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