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Justiça

Bolsonaro é denunciado em tribunal internacional por genocídio e crimes contra a humanidade na pandemia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi alvo de uma queixa, protocolada neste domingo (26) no Tribunal Penal Internacional em Haia por mais de 50 entidades e sindicatos brasileiros e estrangeiros.

O motivo da queixa é a condução do país durante a pandemia do coronavírus. Bolsonaro foi acusado de ter cometido “falhas graves e mortais” durante a crise.

A iniciativa é liderada por uma aliança que representa cerca de 1 milhão de profissionais da saúde. Além desta, o presidente foi denunciado no mesmo tribunal, acusado de risco de genocídio de índios por causa da situação deles.

“No entendimento da coalizão, há indícios de que Bolsonaro tenha cometido crime contra a humanidade durante sua gestão frente à pandemia, ao adotar ações negligentes e irresponsáveis, que contribuíram para as mais de 80 mil mortes pela doença no país”, ressaltam as entidades.

As entidades acusam o presidente ainda de ter atitude de “menosprezo, descaso, negacionismo” que “trouxe consequências desastrosas, com consequente crescimento da disseminação, total estrangulamento dos serviços de saúde, que se viu sem as mínimas condições de prestar assistência às populações, advindo disso, mortes sem mais controles”, como diz um trecho do documento de 64 páginas.

O Tribunal deverá tomar alguma decisão somente em alguns meses, como de costume, e decidirá se a queixa será aceita ou não. Até então, a imagem do governo arranhada diante do mundo segue como a penalidade da queixa.

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