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Fake news: O perigo que pode arruinar a sua vida, e os riscos da internet

O fenômeno das fakes news (notícias falsas) pode ser considerado um dos males do século, isso porque, ao mesmo tempo que ela desinforma, também manipula. Monika Glennon, foi vítima de fake news e quase teve sua vida arruinada.

Não espalhe Fake news na internet. Notícias falsas não é brincadeira. É perigo e tem sérias consequências. E lembre-se, o próximo pode ser você!

Fake news, a próxima vítima pode ser você!

 

Não espalhe Fake news na internet. Notícias falsas não é brincadeira. É perigo e tem sérias consequências. E lembre-se, o próximo pode ser você!

Fake news, a próxima vítima pode ser você!

Por: Uellington Oliveira.

O fenômeno das fakes news (notícias falsas) pode ser considerado um dos males do século, isso porque, ao mesmo tempo que ela desinforma, também manipula. A corretora de imóveis Monika Glennon, foi vítima de fake news e quase teve sua vida arruinada. Diante disso, aprender a identificar uma fake news e não espalhá-la mais, é um dever de todos. Então nesse artigo, você verá também como fazer para identificar notícia e site falso. Lembrando: Você é responsável por aquilo que compartilha.

 Engana-se quem pensa que fake news é algo recente, notícias falsas e boatos sempre existiram, entretanto, como vivíamos em uma fase em que a informação oferecida era verticalizada (dominada pelas grandes empresas de comunicação), não estávamos tão expostos a receber conteúdo inverídico. Nesse período dominado pela televisão, rádio e jornal, as informações sofriam um sério processo de checagem até serem publicadas, e todo o poder de informar a população ficava por conta dos veículos de notícias e jornalistas.

 Com o surgimento da internet e a conhecida era tecnológica na década de 70, surgiu então uma nova realidade, e a sociedade desde então começou a buscar meios de ter um planeta mais conectado. Considerado o pontapé inicial na criação das redes sociais, o ClassMates.com nasceu em 1995 e mesmo sendo pago obteve sucesso até o surgimento das demais redes.

 O termoWeb 2.0 foi cunhado em 2004, pela empresa americana O’Reilly Media. E esse período é muito lembrado por ter dado início à comunicação de mão dupla no contexto digital e no sistema de informação. O usuário deixou de ser apenas um espectador, passando então a criar e disseminar conteúdo em blogs e posteriormente nas redes sociais.

Hoje em dia qualquer um pode ter um site, basta comprar um domínio, um layout e pagar uma plataforma de sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS) na internet, para que se possa ter um portal de notícias na web. Sendo assim, qualquer usuário pode simplesmente criar e distribuir uma notícia, podendo ela ser verdadeira ou não.

 A notícia que quase arruinou uma vida

Imagine deitar em sua cama à noite e acordar pela manhã com vários telefonemas e mensagens em seu celular, de pessoas próximas a você, desesperadas para lhe contar sobre informações suas que estão circulando nas redes sociais. Foi assim que a corretora de imovéis Monika Glennon acordou em uma fatídica manhã de setembro de 2015.

Monika Glennon, cabelo loiro curto, blusa preta.

Corretora de imóveis Monika Glennon, que foi vítima de Fake news.

Tudo começou quando Monika despretensiosamente fez um comentário em uma publicação na internet que contava a história de uma garota de 18 anos, que tirou uma selfie sorrindo em Auschwitz. E muita gente considerou isso uma falta de respeito. Havia duras críticas a ela nos comentários do site, e foi então que Glennon decidiu que também iria comentar.

Ela então comentou que “aos 18 anos muitos cometem erros, e que não havia necessidade de xingá-la desse jeito” disse ela à BBC.

Na inesquecível manhã de setembro, Glennon acordou com diversas mensagens e sua chefe telefonando para avisá-la do que estava acontecendo. Foi então que ela abriu as redes sociais e depois o site e ficou em choque com a publicação feita na internet. A postagem denunciava que a corretora era uma “destruidora de lares”.

O conteúdo foi publicado em um site e posteriormente compartilhado na página do Facebook da imobiliária. E como consequência viralizou nas redes.

Segundo o relato do texto, a mulher que se intitulava como cliente dela, teria chegado de surpresa na visita à casa que estava sendo apresentada a ela e ao marido, e teria flagrado o esposo tendo relações sexuais com Monika.

A fake news criada causou grande estrago na vida de Monika, em especial na carreira profissional. Ela passou dois anos tentando retirar o conteúdo danoso da internet e também descobrir o autor da publicação. A parte mais curiosa da história é o fato do post ter sido feito por uma pessoa que sequer a  conhecia, apenas ficou ofendida com o comentário que ela fez na reportagem da garota da selfie. Caso queira ler a história completa está nesse link ou se preferir ouça esse podcast.

Rede Sociais o maior mecanismos de divulgação de fake News

Celular com ícones de redes sociais na tela.

Celular com ícones de redes sociais.

Provavelmente você já ouviu a expressão “Se não está no Google não existe”. Porém já ouvi pessoas usando dessa frase para afirmar que a notícia era verdadeira justamente por está na internet. Hoje em dia mesmo o Facebook e o Twitter tendo declarado guerra contra as fakes news, ainda é muito difícil de se aplicar a regra, uma vez que, são enviadas milhares de publicações por minuto para a plataforma. 

Uma detêm o poder de impactar milhões e a outra bilhões de pessoas. E por conta disso acabou se tornando o lugar ideal de viralizar um conteúdo. Uma notícia chega ao outro lado do mundo em apenas um clique. 

Brasileiros lideram pesquisa de quem mais acredita em fake news no mundo 

De acordo com um levantamento da Avaaz, plataforma de mobilização online, os brasileiros são os que mais acreditam em notícias falsas no mundo. 7 em cada 10 brasileiros dizem se informar pelas redes sociais e 62% já acreditaram em alguma notícia falsa.

Homem com celular na mão e com a mensagem, isto é Fake news, apure antes de divulgar.

Homem com celular na mão vendo a mensagem de que é Fake news.

Segundo a presidente do Instituto Palavra Aberta e integrante do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, Patrícia Blanco, as mulheres acabam sendo as maiores vítimas de fake news, com conteúdos de ameaças, violentos e de xingamentos publicados na internet.

Ainda em suas palavras ela salientou que, assim como já existe filtros contra o conteúdo de nudez e de violência explícita, deveria ser criado  também mecanismos que verifiquem mais rápido o conteúdo falso publicado. E que eles cooperassem mais na busca da identificação do autor e também na retirada do conteúdo enganoso do ar de forma mais ágil.

Para que você não caia mais em fake news e acabe com má fama nas redes, ou quem sabe se complique legalmente com o que compartilha, eu preparei uma lista de tópicos que você usuário pode seguir para identificar um conteúdo falso nas redes sociais.

Os principais passos para identificar fake News
  •       O primeiro ponto a analisar é a fonte, o site, o autor do conteúdo.

A maioria dos sites que criam fakes news usam de domínios (Nomes) parecido a sites tradicionais que já atuam no jornalismo a muito tempo. Portanto o ideal é verificar a aba sobre, lá vai está contido todas as informações sobre o portal de notícia, caso não tenha, desconfie.

  •       Avalie com atenção a ortografia

Os sites que criam notícias falsas costumam apresentar erros de ortografia, de formatação e abusam do uso de letras em caixa alta (MAIÚSCULAS) e também exageram na pontuação.

  •       Data de publicação

A data de publicação apesar de muitos não darem a devida importância a ela no dia a dia, ela é muito importante para identificar notícias enganosas, a maioria dos sites que espalham fakes não  usam datas em suas publicações, justamente para que aquele conteúdo continue sendo espalhando nas redes, como se fosse notícias atuais.

  •       Leia o conteúdo e não apenas o título

Não leia apenas o título e compartilhe a notícia, essa é uma das piores ações a se fazer nas redes sociais. Os criadores de fakes news sempre usam de títulos sensacionalistas e geralmente em caixa alta, então leia todo o conteúdo. 

  •       Pesquise no Google, e veja se a notícia consta em outros sites

Sempre duvide se você receber uma notícia bombástica que não esteja em outros sites de notícias. Para derrubar uma notícia falsa basta uma pesquisa no google para que aquela mentira seja esclarecido. Dificilmente uma notícia de importância nacional estará em um site desconhecido sem estar também nas grandes mídias.

  •       Verifique se o site não é de piadas ou humor

Alguns sites de humor usam da ironia para fazer piada. E as pessoas que acabam recebendo aquele conteúdo o torna como verdade absoluta. Então cuidado, antes de espalhar uma notícia certifique-se que é verdadeira, e que o site é de conteúdo sério.

  •       Mensagens de notícias no Whatsapp

O Whatsapp é hoje o maior meio de comunicação via mensagens instantâneas e por isso também carrega o peso de ser intermediador de notícias falsas. Hoje em dia é difícil você não receber aquelas mensagens de textos gigantescas, com alguma chamada atraente e no final algum nome que remete autoridade ao texto.

Ou quem sabe também aquele áudio onde tem também alguma pessoa que se apresenta como se fosse uma  autoridade no assunto abordado. Vídeos também não ficam pra trás, com o poder de edição de vídeos cada vez mais acessível a sociedade, fica cada dia mais fácil criar uma edição e colocar um áudio fake no vídeo. Por isso sempre desconfie de conteúdo sensacionalistas.

Sempre que receber uma notícia via Whatsapp em texto, vale a pena da uma pesquisada no Google sobre o assunto da mensagem. O Algoritmo do Google, o famoso GoogleBot tem uma excelência no combate a fakes news, dificilmente você vai encontrar uma notícia falsa na SERP (Página) do Google.

  •       Só compartilhe após checar se a informação é verdadeira

Já que você fez seu dever de casa e verificou a autenticidade do conteúdo, compartilhe sem peso na consciência.

Uellington Ramos de Oliveira é graduado em Marketing Digital pelo Centro Universitário Internacional e pós-graduando em comunicação, semiótica e linguagens visuais pela USCS.

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