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Governador Wilson Witzel é afastado do cargo e presidente do PSC, Pastor Everaldo, é preso

 

Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou o governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por pelo menos seis meses. O afastamento de Witzel foi determinado pelo ministro Benedito Gonçalves após investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) apontar o envolvimento dele em desvios no governo do estado. O vice-governador Cláudio Castro (PSC) deve assumir a função.
De acordo com a PGR, desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2019, Witzel montou uma organização criminosa dentro do governo do estado. A quadrilha foi dividida em três grupos, que disputavam o poder com desvio de recursos dos cofres públicos.
Ainda segundo a PGR, o esquema era liderado por empresários, que lotearam as principais secretarias, como a da Saúde, para criar esquemas que beneficiassem as próprias empresas.
Além do afastamento de Witzel, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) fazem, em paralelo, desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira, a Operação Tris in Idem, para cumprir 17 mandados de prisão (sendo seis preventivas e 11 temporárias) e 72 de busca e apreensão. O presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, foi um dos presos. O ex-secretário estadual de secretário de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão também é alvo de mandado de prisão.
Dentre os alvos dos mandados de busca e apreensão, estão o vice-governador Cláudio Castro, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado André Ceciliano (PT), e a primeira-dama, Helena Witzel. Ha mandados sendo cumpridos no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, e no Palácio Guanabara, sede do governo do estado.
Os mandados também estão cumpridos em outros cinco estados (Espírito SantoSão PauloAlagoasSergipeMinas Gerais), no Distrito Federal e em um endereço no Uruguai, onde estaria um dos investigados com mandado de prisão preventiva.
A ação de hoje é um desdobramento da Operação Placebo, que cumpriu, no dia 26 de maio, mandados de busca e apreensão contra Witzel, o ex-secretário de Saúde Edmar Santos e a primeira-dama.
O nome da operação de hoje é uma referência ao fato de Witzel ser o terceiro governador do estado afastado do cargo por utilizar a função pública para obter vantagens através de esquemas ilícitos semelhantes.
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