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Uerj sedia reunião da Abruem
Num cenário de incertezas a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) foi anfitriã da a reunião administrativa, da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), em 21 de julho. O objetivo do encontro foi dar visibilidade à crise das instituições de ensino superior, especialmente as estaduais do Rio de Janeiro.
Para a vice-presidente da Abruem e reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Adélia Pinheiro “a realização de reunião da Abruem no Rio de Janeiro foi um ato político de apoio às universidades estaduais daquele estado. Ressalto que o cenário econômico e político atual brasileiro, com diminuição dos investimentos públicos em ciência, tecnologia e educação superior, configura-se em ameaça a todas as instituições de ensino superior, independente da esfera jurídica (estadual, municipal ou federal).”
A Uerj prevê para 1º de agosto o inicio do primeiro semestre letivo de 2017. “É sabido que estamos com três meses de salários atrasados, com bolsas de alunos e professores atrasadas e atraso no décimo terceiro de 2016. Já vínhamos dizendo que, se não acontecer alguma coisa, relativa a uma tentativa de regularização dos salários, acredito que não teremos condição de iniciar as aulas. Estudantes, docentes e técnicos administrativos não têm mais recursos sequer para locomoção e alimentação”, disse o reitor Ruy Garcia Marques.
O presidente da Abruem, Aldo Nelson Bona, reitor da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), disse que a crise da Uerj é a mais grave das instituições públicas de ensino superior do país, mas que todo o sistema está sofrendo com falta de verbas. Para ele, uma das soluções é aumentar as parcerias com as empresas, a fim de diminuir a dependência do setor público.
“A crise que qual passa a Uerj não é exclusividade. É uma crise que atinge as universidades estaduais e municipais e também as instituições federais. Afeta o sistema de educação superior e de ciência e tecnologia do país. Mas é muito mais aguda na Uerj. É preciso uma solução que envolve um conjunto de ações, exige discussão de um novo modelo de financiamento e passa por uma interação, cada vez mais necessária, entre academia e setor privado”, disse o presidente da Abruen.
A reunião foi dividida em dois momentos. O primeiro, restrito aos integrantes da Abruem, e depois foi aberta à comunidade acadêmica e ao público em geral, incluindo a imprensa, na Capela Ecumênica, com a realização de uma palestra sobre “A crise no Estado do Rio de Janeiro no cenário nacional”, com a participação dos economistas e especialistas em economia fluminense, Bruno Sobral (professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ) e Mauro Osorio (professor da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ).
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