Polícia
Advogada morta na Bahia pode ter sido vítima de uma facção criminosa
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Nas ruas de Ipiaú, na região sul da Bahia, não se fala outra coisa, a não ser a execução da advogada criminalista Maria das Graças Barbosa dos Santos, 50 anos, na madrugada desta segunda-feira, 24. Sob anonimato, uma fonte policial contou que Doutora Gal, como era mais conhecida na pequena cidade de pouco mais de 42 mil habitantes, foi morta por traficantes de drogas ligados a uma facção criminosa.
“Circula essa informação aqui. Não sabemos se foram os caras da facção que ela defendia [clientes] ou da rival. Disseram que já estava recebendo ameaçadas”, explicou o agente.
Ainda segundo ele, recentemente, Maria das Graças viajou para Santa Catarina, para atender um cliente que havia sido preso, no dia 6 deste mês, em Barra Velha, durante a Operação Alta Potência, deflagrada por policiais das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco/ Polícia Federal) Bahia e de Santa Catarina, em parceria com policiais civis da Delegacia Territorial de Ipiaú e policiais militares da Companhia Independente de Policiamento Especializado Central (Cipe Central). Coincidência ou não, no dia 10 de fevereiro, doutora Gal postou um vídeo em uma rede social, no qual aparece no saguão de um aeroporto.
Na ocasião, o policial revelou que o cliente em questão era um homem conhecido na região como Juca do PCC, apontado como sendo líder de uma facção criminosa que atua em Jequié, Barra do Rocha, Ibirataia, Dário Meira, Itagibá e Gandu. Ele seria também o responsável por ordenar várias mortes nestas regiões e por fornecer fuzis e pistolas e drogas para abastecer o tráfico nas cidades.
À época da prisão, através de nota postada no site do órgão, a Polícia Federal confirmou essa informação e disse que “os policiais tiveram sucesso em alcançar e prender liderança de uma dessas facções. O detido, que já possuía dois mandados de prisão em aberto, estava morando no interior do estado de Santa Catarina, de onde ordenava mortes e controlava o tráfico de drogas e armas na região de Jequié/BA”, diz um trecho do documento.
Muito conhecida na cidade, a advogada costumava postar a rotina de trabalho em uma rede social, na qual acumula quase 15 mil seguidores. Em algumas postagens, feitas em portas de delegacias, ela costumava escrever a seguinte frase: “Lili Cantou’, que é uma abreviação da expressão “liberdade cantou”.
Fonte: ATARDE BA
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