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Polícia

Brasil registra 107 assassinatos políticos em 2020

Um levantamento do jornal Estado de São Paulo apontou que 107 assassinatos por motivações políticas foram registrados no país no ano, maior número desde a Lei de Anistia. De acordo com os dados, 33 das vítimas eram pré-candidatos e candidatos a prefeito e a vereador nas eleições municipais que ocorreram em novembro.

Na Bahia, o único caso apontado pelo relatório é o do candidato a vereador por Correntina José Cláudio (PL), que foi assassinado com oito tiros no dia 13, véspera da eleição. A Polícia Militar ainda investiga o caso e segue a hipótese de execução.

O monitoramento foi divulgado após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, determinar que o órgão levantasse os números dos casos de violências nas disputas municipais. O relatório parcial produzido pela Assessoria Especial de Segurança e Inteligência apontou 99 casos de homicídio ou tentativa de homicídio de pré-candidatos e candidatos.

Os levantamentos produzidos divergem em relação ao histórico de violência dos pleitos passados. Enquanto o TSE aponta que 46 candidatos e pré-candidatos teriam sido vítimas de atentado em 2016, o monitoramento do Estadão destaca que o número de homicídios consumados foi de 47 casos. Nesse levantamento não entram latrocínios e casos passionais de políticos

No balanço do primeiro turno o ministro Barroso chegou a afirmar que os assassinatos políticos não seriam de responsabilidade do TSE. “É um problema dramático, que precisamos enfrentar, mas não é um problema da Justiça Eleitoral”

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