Polícia
Delegado do Depom é afastado após sumiço de fuzis e mortes de informantes

O delegado da Polícia Civil Nilton Tormes está afastado do cargo de coordenador do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), após ter seu nome envolvido numa denúncia da Corregedoria da Polícia Civil, que apura o desvio de fuzis apreendidos numa operação em 2024 e as mortes de duas pessoas, que passaram a localização das armas. “Foi algo acertado com a delegada-chefe (Heloisa Brito). Só não foi oficializado, porque a exoneração ainda não saiu no Diário Oficial”, diz uma fonte da Polícia Civil. Já outra fonte ligada a Tormes nega o afastamento.
O delegado da Polícia Civil Nilton Tormes está afastado do cargo de coordenador do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), após ter seu nome envolvido numa denúncia da Corregedoria da Polícia Civil, que apura o desvio de fuzis apreendidos numa operação em 2024 e as mortes de duas pessoas, que passaram a localização das armas. “Foi algo acertado com a delegada-chefe (Heloisa Brito). Só não foi oficializado, porque a exoneração ainda não saiu no Diário Oficial”, diz uma fonte da Polícia Civil. Já outra fonte ligada a Tormes nega o afastamento.
Fuzis
A operação investiga o desvio de fuzis durante uma ação policial em julho de 2024, no bairro do Caji, em Lauro de Freitas. Após tomar conhecimento de que ar armas estavam escondidos num matagal, uma equipe do Depom e do CORE (Coordenação e Operações e Recursos Especiais), autorizado pela delegada-chefe, foram até o local. No total, oito agentes, incluindo o delegado.
Na ocasião, PMs também participaram desta ação. “Quem passou as informações para o delegado foi o cabo (do Detran). Ele conhecia Nilton e fez a ‘ponte’. Ele conhece outros policiais militares, que passaram o ‘informe'”, conta a fonte.
Segundo a denúncia, além de certa quantidade de drogas, os policiais apresentaram seis de um arsenal encontrado no local. “O CORE afirma que o que foi recolhido é o que foi apresentado. A operação foi à noite, numa mata fechada e ninguém sabia ao certo a quantidade de fuzis”, pontua a fonte.
Mortes e extorsão
Ainda segundo a denúncia, dois homens, que informaram à PM a localização das armas, foram sequestrados e mortos, numa “queima-de-arquivo”. As vítimas são Jeferson Sacramento Santos e Josenal Santos Souza e teriam envolvimento com a criminalidade.
Logo depois, a mulher de um deles procurou a Delegacia Especializada em Antissequestro da PC. Segundo ela, estava sendo vítima de extorsão por parte dos PMs. A partir daí, foi iniciada a investigação nas corregedorias das polícias Civil e Militar.
No dia 29 de agosto do ano passado, um capitão do Departamento Pessoal, um soldado da 37a CIPM/Liberdade e PM da reserva, investigado pela prática de extorsão mediante sequestro, foram presos durante cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão nos bairros de Brotas, Nova Brasília, Itapuã, e em Caji, no município de Lauro de Freitas.
Fonte: Correio da Bahia 24 horas

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