Polícia
Homem tem que cavar a cova da própria mãe em cemitério de Salvador
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O último Dia das Mães, que foi celebrado no dia 14 de maio, vai ficar para sempre marcado na memória do aposentado Albérico Lobo, 70, que teve a cavar a cova da própria mãe, falecida no sábado (13).
Caetana Maria da Silva era baiana de acarajé, nascida e criada no bairro de Itapuã e tinha o desejo de ser enterrada no cemitério público do bairro, onde viveu durante 87 anos.
Além de enfrentar a dor da perda, a família foi surpreendida ao chegar ao local e se deparar com a situação que se encontrava o cemitério.
“O mato estava no nosso joelho. Não existia capela, apenas um lugar pra colocar o caixão em cima. Nós mesmos fizemos nossas orações, pois nem sequer havia um padre pra fazer uma missa digna”, relatou a neta de dona Caetana, Natalia Lobo, 30.
Segundo ela, a família teve que pagar uma pessoa para capinar o caminho até a cova. “Primeiro o coveiro abriu a cova errada, já que havia duas covas com o mesmo número. Depois, tivemos que levar tudo: ferramentas, cimento e cal. Ter que cavar a cova de quem você ama e dar um último adeus dessa forma é muito deprimente. Não é possível que diante de tanto impostos que pagamos, até na hora da nossa morte não merecemos ter ao menos uma passagem digna. Nossa dor foi ainda maior”, disse Natalia,
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