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Polícia

MP-RJ diz que miliciano morto na Bahia transferiu R$ 400 mil para conta de Queiroz

 O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) acredita que Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, apontado como chefe da milícia Escritório do Crime, transferiu mais de R$ 400 mil para as contas bancárias do policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que foi preso nesta quinta-feira (18), em Atibaia, São Paulo.

O Capitão Adriano foi morto em uma operação policial na Bahia em fevereiro deste ano e, segundo as investigações, pelo menos R$ 69,5 mil foram depositados nas contas bancárias de Queiroz por restaurantes administrados pelo miliciano e familiares.

Em novembro do ano passado, Queiroz pediu que a mãe de Adriano se escondesse no interior de Minas Gerais, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantir o andamento das investigações sobre o esquema de rachadinha de salários do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando este era deputado estadual.

Depósitos
De acordo com as investigações do MP-RJ, a mãe e a ex-mulher de Adriano eram “funcionárias fantasmas” do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, na Alerj, e há registros de que restaurantes da família tenham depositado valores em contas bancárias de benefício de Queiroz.

“Há registros bancários de Fabrício José Carlos de Queiroz que indicam que o Restaurante e Pizzaria Rio Cap Ltda (administrado por Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano) e o Restaurante e Pizzaria Tatyara (administrado por Adriano Magalhães da Nóbrega) transferiram R$ 69,5 mil para sua conta mediante cheque e TED (Transferência Eletrônica Disponível)”, diz trecho da decisão que determinou a prisão preventiva de Queiroz.

Ainda segundo as investigações, a mãe de Adriano realizou 17 depósitos no valor total de R$ 91.796 na conta bancária de Queiroz, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. A quantia corresponde a percentuais do salário dela salário como assessora do gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro, mesmo sem ter ido trabalhar um dia sequer.

Adriano era chefe da milícia que domina as comunidades de Rio das Pedras e Muzema, na zona oeste do Rio. Ele também liderava o braço armado do grupo conhecido como Escritório do Crime, uma equipe informal de assassinos de aluguel, que incluiria entre outros o policial militar da reserva Ronnie Lessa, acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

Clique aqui e leia na íntegra a decisão que determinou a prisão de Queiroz.

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