Polícia
Pedreiro é morto a tiros na frente de esposa e filho
O ajudante de pedreiro Flávio Carvalho da Silva de Souza, de 23 anos, foi a mais recente vítima da guerra do tráfico de drogas entre as localidades rua de Brito e Baixa Fria, ambas na Av. Presidente Médici, em Águas Claras.
Flávio foi executado a tiros na manhã da quarta-feira, 21, dentro de casa, na Av. Presidente Médici, em uma região que fica entre as duas localidades. Ele foi morto com, pelo menos, 12 tiros na cabeça, braços e pernas, na cozinha do imóvel, na frente da esposa e do filho de 2 anos.
Segundo o delegado Alberto Schramm, do Departamento de Homicídios, o crime foi praticado por dois homens que invadiram a residência da família pulando pela janela.
“Chegaram lá chamando: ‘ô benção, ô benção!’. Ele percebeu que eram os caras e não foi atendê-los. Mandou a mulher correr e saiu correndo para a cozinha. Se eles quisessem, teriam matado ela e a criança e, agora, teríamos uma chacina”, avaliou Schramm.
Ainda conforme ele, um dos criminosos foi identificado pelo prenome de Messias, um traficante de drogas que age na Baixa Fria.
“Acho que ele tentou sair pelo telhado da cozinha, subiu no armário, mas os caras atiraram nas pernas dele. Depois jogaram o armário na cabeça dele”, contou uma moradora.
Sem se identificar, um perito do Departamento de Polícia Técnica disse que, pela cena do crime, foi possível analisar que Flávio puxou o armário da cozinha na tentativa de se proteger. Mas, ao ser atingido pelos disparos, caiu sentado no chão sob o móvel.
Zona proibida
“Eles [traficantes da Baixa Fria] disseram que não querem ninguém daqui lá. Nem homem, nem mulher, nem criança. Eu mesmo, evito ir”, lembrou um senhor.
Outro morador da Rua de Brito confirmou a informação do vizinho e disse que, embora os moradores da sua rua evitem transitar na área rival, os traficantes da Baixa Fria costumam circulam livremente por toda extensão da Presidente Médici ameaçando e amedrontando à comunidade.
O delegado revelou que o grupo da Baixa Fria faz parte da facção Katiara e o da Rua de Brito é do Bonde do Maluco (BDM). Ele falou ainda não saber por qual motivo Flávio foi morto, mas disse que, há seis anos, o rapaz deixou a vida do crime.
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