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Saúde

Criança de 2 anos passa por correção de lábio fissurado no Hospital Materno-Infantil, em Ilhéus

 

Uma criança de dois anos, natural de Itacaré, litoral sul do estado, passou hoje (06) pela manhã, por uma correção de lábio fissurado, durante intervenção cirúrgica realizada no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus. Essas aberturas resultam do desenvolvimento incompleto do lábio, enquanto o bebê está se formando, antes de nascer. O lábio desenvolve-se separadamente durante os três primeiros meses de gestação. Nas fissuras mais comuns o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, ficando uma linha vertical aberta. O HMIJS, onde a cirurgia foi feita, é uma obra do governo do estado administrada pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS).

Essa foi a segunda cirurgia, em menos de uma semana, sob a responsabilidade do professor e especialista em bucomaxilofacial, David Moreira. Na semana passada, o Materno-Infantil já havia realizado, com o apoio do odontólogo, sua primeira Palatoplastia, cirurgia indicada quando existe alguma deficiência no palato, parte do corpo humano que forma o céu da boca, beneficiando uma menina de quatro anos, de Ilhéus.

Apesar desta especialidade ainda não fazer parte do rol de serviços ofertados pelo HMIJS, estas intervenções estão sendo possíveis graças a uma parceria firmada pela direção do hospital, com o apoio da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) e da FESF SUS com o “Projeto Fissurados por Sorrisos”. O projeto foi idealizado pelo professor David e conta, também, com a participação das odontólogas Iana Midlej e Larissa Oliveira. Pelo acordo, o hospital cede o seu centro cirúrgico para que a equipe de cirurgiões realize a intervenção. A de hoje durou cerca de uma hora.

Para além da questão estética, os pacientes com fissura lábio leporino podem ter dificuldades para se alimentar. As datas exatas dessas intervenções cirúrgicas dependem do desenvolvimento do bebê e são determinadas pela equipe técnica. Esta criança de dois anos, por exemplo, aguardava há meses por uma autorização para o tratamento, que não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde na região. A ideia de seguir com novas cirurgias, de acordo com a diretora do HMIJS, Domilene Borges, é criar um histórico com este perfil para, em seguida, credenciar o hospital como referência no interior do estado para este atendimento. Uma outra cirurgia já está sendo planejada para logo após o carnaval.

Desde a sua inauguração em dezembro de 2021, o HMIJS já ultrapassou a marca de 6 mil partos e 12 mil internações, sendo a primeira unidade 100 por cento SUS e de referência na região sul da Bahia.

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