Saúde
No Dia Internacional da Mulher, Hospital Materno-Infantil insere a banqueta de parto vertical como mais uma opção para as gestantes parirem com segurança
A partir desta terça-feira (08), data dedicada ao Dia Internacional da Mulher, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, passa a contar com mais uma opção de escolha das suas gestantes para a realização do parto normal: a banqueta de parto vertical. O equipamento permite que a mulher permaneça sentada com os pés no chão. Com isso, os músculos do assoalho pélvico ficam mais relaxados, facilitando o nascimento do bebê. Outro benefício é que essa posição não força as articulações de joelho, tornozelo e demais membros inferiores durante o parto.
“A banqueta de parto vertical ajuda a mulher a se fortalecer na sua competência natural para dar a luz e é a tecnologia relacional mais importante no parto”, explica a diretora médica do HMIJS, Esther Vilela. Formada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), especialista em Ginecologia e Obstetrícia, doutora Esther implantou um modelo de atenção humanizada ao parto e nascimento que se tornou referência para o Ministério da Saúde.
*Posição mais fisiológica*
A especialista explica que a posição vertical para o parto é a mais fisiológica, que ajuda a mulher no período expulsivo. “O bebê nasce melhor, previne a asfixia e protege melhor o períneo”, revela. A técnica foi bastante utilizada no passado, mas, por comodidade – mais dos profissionais, do que propriamente um benefício e facilitador do parto – mudou-se o padrão.
De acordo com a doutora Esther, para o parto transcorrer da melhor maneira possível – e de forma humanizada – a mulher precisa ter a liberdade para vivenciar o seu trabalho de parto da forma que ela quiser, se movimentando, indo para o chuveiro, para a bola, para o cavalinho, que são outras opções de alívio da dor que auxiliam o parto normal oferecidas pelo Hospital Materno-Infantil. “O que, de fato, precisamos, é deixar o ambiente preparado para que a mulher possa usar de toda a sua competência para fazer o que só ela sabe, que é parir seu filho”, destaca doutora Esther.
*Privacidade*
“Nesta hora ela precisa de privacidade, ir para um lugar que ela não se sinta observada e ela precisa de pessoas que aumentem a sua confiança e a sua capacidade em dar a luz”, assegura a especialista, que trabalhou junto às equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e como consultora do Ministério da Saúde na Política Nacional de Humanização. “Por isso é preciso criar um ambiente de confiança, privativo, de pouca luz, para que a mulher tenha menos estímulos externos”, completa, acrescentando que, também é preciso manter a serenidade, a calma e a capacidade técnica para intervir quando necessário.
Neste dia 8, o Hospital Materno-Infantil completa 90 dias do seu primeiro parto realizado. Inaugurado pelo governo da Bahia, através da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) e gerenciado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS), todo o projeto do hospital está calcado na humanização do cuidado, nos direitos da mulher e da criança e na consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).
*Modernidade e eficiência*
O hospital tem 105 leitos de internação, sendo 10 de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo) e 25 de semi-intensiva; capacidade para atender urgências e emergências de toda a região; além de cinco leitos no Centro de Parto Normal Intra-hospitalar. Está estruturado para a assistência ao parto de risco, gestação de alto risco, cuidado intensivo e intermediário neonatal e cuidado intensivo e clínico às crianças. O funcionamento é 24 horas, com acesso por demanda espontânea e referenciada, integrada aos pontos de atenção primária.
A unidade tem porta aberta de maternidade, leitos de UTI neonatal e semi-intensivo, leitos de canguru e centro de parto normal. Para além disso, a unidade pediátrica possui 23 leitos clínicos e 10 leitos de UTI pediátrica, que serão 100% regulados. Além da realização de partos e da internação, o hospital oferta atendimento ambulatorial especializado em pré-natal de alto risco, consultas especializadas em obstetrícia, cardiologia, enfermagem, nutrição e psicologia. A unidade funcionará também como um polo de desenvolvimento de ensino, reunindo formação acadêmica, pesquisa e produção de conhecimento científico e tecnológico em saúde.
Em 08.03.2022
Jornalista Resp. : MM – MTb 3935
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