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Saúde

Representações da saúde na região de Valença conhecem o Hospital Materno-Infantil de Ilhéus e se encantam com a estrutura apresentada

Técnicos e secretários municipais de Saúde da região de Valença conheceram, hoje (16), as instalações do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus. Porta aberta para obstetrícia e com 100 por cento de regulação para a pediatria, o hospital – uma unidade de atendimento de referência para casos de alto risco – também atenderá 14 municípios da região da Costa do Dendê. Recebido pela diretora-geral Aline Costa, para além de uma visita-guiada, o grupo conheceu detalhes do fluxo para que os municípios da região de Valença passem a utilizar os serviços da unidade. “Esse projeto vai dar certo com a união de todos nós”, destacou Aline Costa, durante o encontro.

Viviane Patrocínio é secretária de Saúde de Nilo Peçanha. A cidade não tem hospital e, de acordo com Viviane, os municípios menores sentem mais de perto a necessidade de encaminhamento de pacientes. “Passando a ter uma maternidade-referência na região, a gente cria uma grande expectativa e imagina que ela venha para ser resolutiva”, afirma. “E quando a gente vem para uma reunião e a gestão da maternidade traz organização de serviço, fluxo, tudo novo, a gente fica na expectativa de que seja algo que venha somar para estes pequenos municípios”, completa.

Segundo os técnicos presentes à reunião, a região de Valença tem algumas fragilidades no atendimento hospitalar materno-infantil. Secretária de Saúde de Taperoá, município com 22 mil habitantes, Lorena Lemos Leite lembra que, apesar de o município dela contar com um hospital de pequeno porte, a unidade não está preparada para partos de alto risco. “Estávamos desassistidas. Vendo tudo isso aqui, levo esperança de uma unidade nova, totalmente qualificada, com profissionais competentes”, elogiou.

Janine Fonseca, subsecretária de Saúde de Cairu, disse ter encontrado “uma estrutura que nem um grande hospital particular tem”. Seu município hoje se encontrava sem referência de pré-natal de alto risco. E o Hospital Materno-Infantil de Ilhéus, segundo ela, preenche uma imensa lacuna. Cairu é uma cidade que também não tem unidade hospitalar.

Nova Ibiá, a 180 quilômetros de distância de Ilhéus, também vivia esta dificuldade. Nádia Nunes, secretária municipal de saúde, disse que antes da inauguração do novo hospital materno-infantil de Ilhéus não tinha para onde encaminhar gestantes de alto risco. “O risco de morte sempre é muito iminente e conhecer esta estrutura, muito bem pensada e muito bem planejada, traz uma grande esperança para todos nós”, disse. Com 6 mil habitantes, Nova Ibiá registra, em média, 90 partos durante o ano.

Planejado para atender as regiões de Ilhéus e Valença, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio tem 105 leitos de internação, sendo 10 de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo), 15 de semi-intensiva (10 convencionais e 5 Canguru) e 10 de UTI pediátrica, e capacidade para atender urgências e emergências de toda a região; além de cinco leitos no Centro de Parto Normal Intra-hospitalar. Está estruturado para a assistência ao parto de risco, gestação de alto risco, cuidado intensivo e intermediário neonatal e cuidado intensivo e clínico às crianças. O funcionamento é 24 horas, com acesso por demanda espontânea e referenciada, integrada aos pontos de atenção primária.

O encontro de hoje é mais uma etapa do planejamento elaborado pela direção, que tem o objetivo de fortalecer o trabalho de parceria, troca de conhecimento e de informações com os representantes da saúde pública municipais. Semana passada, a reunião foi com representações dos municípios da Região de Ilhéus.

O primeiro caso de regulação registrado na unidade, inaugurada no último dia 6, foi o da bebê Eliza Conceição, de seis meses. Ela veio transferida de Una, através da Central de Regulação de Leitos do Estado. Durante todo o tempo, ela está em companhia da mãe, Leidiane Conceição, de 25 anos.

“A ideia é que o hospital e seus serviços estejam mais próximos dos gestores e, consequentemente, mais perto da população”. O desejo, segundo Aline, é que, mesmo estando situado em Ilhéus, o hospital seja para atender a região. “Todos os movimentos que estão sendo feitos visam fortalecer o Sistema Único de Saúde”, destacou a diretora-geral.

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 16.12.2021
Jornalista Resp. : MM – MTb 3935