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Segurança

Cresce número de armas apreendidas pela polícia baiana

Feira de Santana, 7 de novembro, um fuzil Airsoft, carregadores, um rifle calibre 22, uma pistola Beretta 635 são apreendidos pela PM. No dia seguinte, em Lagoa Grande, Pernambuco, um fuzil M16 e duas espingardas calibre 12 retirados das ruas pela Cipe/Caatinga e a Polícia Federal. No dia 9, um fuzil 7.62 é descoberto por policiais civis de Juazeiro.

Essas notícias, em três dias consecutivos, são uma pequena mostra do intenso trabalho que as forças de segurança têm desempenhado para tirar armas de circulação, com destaque para as de grosso calibre e grande poder de destruição.

De janeiro a setembro de 2017, 22 fuzis foram apreendidos contra sete, durante todo o ano de 2016, um aumento de 314%. Já as metralhadoras, foram 12 no período desse ano, contra nove em todo ano passado. Além disso, foram tiradas de circulação 1.032 espingardas, 2.181 revólveres e 555 pistolas.

De acordo com o secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, o aumento das apreensões de armas de grosso calibre é explicado pelo trabalho integrado entre as Polícias Civil, Militar, Federal e também Rodoviária Federal. “Essas ações, para terem êxito, precisam de muito trabalho de inteligência policial, e, sobretudo de troca de informações entre as forças de segurança”, explica Barbosa. Ressalta ainda que os números não incluem as apreensões realizadas em conjunto com as polícias em outros estados e as apresentadas na Polícia Federal.

 

Gratificação

 

Ainda segundo ele, o aumento da pena para o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e sua inclusão no rol dos crimes hediondos são iniciativas positivas. “Entretanto a responsabilidade de fiscalizar a fronteiras, por onde entram essas armas em nosso país, principalmente as de grosso calibre, é do Governo Federal. E, como não é feita a contento, o problema recai para as polícias estaduais”, disse o secretário. Explicou ainda que essas armas longas geralmente são encontradas com quadrilhas de assalto a bancos, boa parte com atuação interestadual.

 

Até outubro de 2017, policiais civis e militares, responsáveis pelas apreensões, receberam R$ 1 milhão e 466 mil reais com base no Prêmio Especial, instituído pelo Governo do Estado em 2011. A gratificação prevê o pagamento em dinheiro, dividido em três faixas. R$ 300 reais para revólveres 38 e pistola 380; R$ 600 reais para pistolas ponto 40, 45 e 9 milímetros; R$ 1.500 para fuzis, metralhadoras e espingarda calibre 12, por exemplo.

 

O diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), delegado Marcelo Sansão, reforçou que além de retirar o poder de fogo das quadrilhas, as apreensões representam uma grande quebra financeiras aos grupos criminosos. Uma operação de equipes da Força Tarefa da SSP, Batalhão de Choque, e Polícia Federal, realizada no mês de outubro apreendeu dois fuzis AK 47 calibre 7.62, uma metralhadora 9 milímetros, uma submetralhadora MT12, 9 milímetros, uma pistola CZ, 9 milímetros e uma espingarda calibre 28. “Só esse material foi avaliado em meio milhão de reais”, exemplificou.

 

Essas armas, porém, destaca o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Paulo Guerra, “não são comuns na Bahia, como acontece no Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo”. Disse ainda que, apesar do aumento no número de apreensões, a realidade baiana não se compara aos outros dois estados”, disse Guerra, lembrando ainda que as polícias baianas, com suas unidades especializadas, estão bem equipadas e preparadas, para os casos de enfrentamento com essas quadrilhas.

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