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Segurança

Justiça bloqueia R$ 11,5 milhões de Aécio em ação de improbidade administrativa

Deputado é acusado de fazer viagens pessoais às custas do Estado durante o período em que foi governador de Minas Gerais; defesa de Aécio Neves nega

Fonte: Último Segundo – iG @

O deputado federal Aécio Neves teve bens no valor de R$ 11,5 milhões bloqueados pela Justiça de Minas Gerais nesta sexta-feira (22). A Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público Estadual, que pedia o bloqueio do valor para futuros ressarcimentos caso o tucano seja condenado por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito por uso exacerbado de aviões no período em que foi governador (2003 a 2010).

Segundo a acusação do MPE, Aécio Neves se deslocou por meio de aviões e helicópteros 1.424 vezes. Em todas as ocasiões, os usos das aeronaves foram pagos pelo Estado. No mesmo processo constam 116 idas a cidade de Cláudio, onde o então governador teria desapropriado um terreno para construir um aeroporto de uso praticamente pessoal.

O citado utilizou da máquina pública, quando na função de Governador de Estado, para fins escusos, realizando mais de 1.000 viagens em aeronaves oficiais sem justificar a finalidade. Dessa forma, o requerido ignorou o principio da Publicidade e da Probidade da Administração Pública, utilizando-se de dinheiro público em benefício próprio”, diz a decisão desta sexta-feira (22).

Na manifestação à Justiça, a defesa de Aécio explica que uso das aeronaves ocorreu dentro dos limites das regras em vigor na época e que o MPE tinha contestado apenas 206 voos, entendendo que os demais estavam regulares.

Ex-presidente do PSDB , Aécio foi governador de Minas Gerais de 2003 a 2010. Atual deputado federal, o tucano também é investigado por recebimento de propina do Grupo J&F depois de ser divulgada uma conversa do então senador com o empresário Joesley Batista. Na ligação de telefone, Aécio pede R$ 2 milhões que seriam suados no pagamento para advogados.

De acordo com as delações de Ricardo Saud e Joesley Batista, ex-executivos da J&F, foi repassada a quantia de R$ 60 milhões a diversas empresas indicadas por Aécio Neves durante todo o ano de 2014. Os pagamentos foram feitos através de emissão de notas fiscais frias. Desta forma, partido aceitavam a coligação com o PSDB, dando apoio à campanha de Aécio à presidência.

 

 

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