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Setembro é vida: campanha de incentivo à doação de órgãos e tecidos para transplante

A vida continua, por que não? Essa pergunta pode até soar de forma estranha, mas é a esperança de muitas pessoas que estão na fila de espera para receber um coração, um rim, um pulmão ou até mesmo uma córnea. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o ano de 2019 não começou nada bem. Com exceção dos transplantes de coração e de pâncreas, as taxas de transplante de órgãos como pulmão, rim e fígado diminuíram mais do que a queda na taxa de doadores efetivos, revelando menor aproveitamento dos órgãos.

A ABTO revela ainda que até março de 2019, o número de pacientes ativos em lista de espera no Brasil ultrapassou 33 mil, contudo o número de transplantes no período similar não cresceu na mesma proporção, totalizando pouco menos de 6.275 procedimentos, entre órgãos, medula óssea e tecidos. A Bahia é a quarta maior fila de espera do Brasil, possuindo 1.650 pacientes ativos. O resultado deste trimestre, praticamente, inviabiliza a obtenção da meta prevista em 2016 para este ano, de 20 doadores por milhão de população (pmp).

Setembro Verde – Setembro é o mês destinado à doação de órgãos e tecidos. Diante dessa campanha nacional as equipes de saúde procuram abordar temáticas que envolvem a doação. A informação é imprescindível para que a população entenda como funciona o processo de captação, doação e transplante de córneas e múltiplos órgãos. O doador precisa manifestar, em vida, o desejo de que seus órgãos ou tecidos sejam aproveitados. Entretanto, a doação é consentida, ou seja, só pode ser realizada mediante autorização documentada da família.

Um dado preocupante para a efetivação refere-se à recusa familiar. Um dos motivos dessa negativa é o desconhecimento acerca da doação. Muitas famílias sequer sabem que, após o diagnóstico de morte encefálica, alguns órgãos ainda podem ser captados e estão em perfeitas condições de serem transplantados. Por esse motivo é fundamental que os profissionais de saúde atuem no sentido de instruir, sensibilizar e conscientizar à população sobre a importância da doação, que é acima de tudo um verdadeiro gesto de amor e solidariedade.

Podem ser doados rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e também tecidos, como ossos, tendões, pele, córneas e valvas cardíacas. Ou seja, um único doador pode salvar até dez vidas. A Campanha Nacional Setembro Verde tem o intuito de intermediar o diálogo entre a sociedade e as pessoas que anseiam sair da fila de espera, porém ainda com vida. Doar é um ato de amor. Doe órgãos. Salve vidas

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